Após uma reunião que começou às 9 h de segunda-feira e foi até o fim da tarde, Atlético e Coritiba resolveram aceitar a proposta do canal de televisão Esporte Interativo relacionada à compra dos direitos de transmissão para televisão fechada entre 2019 e 2024. Além das equipes paranaenses, Internacional, Santos e Bahia também concordaram com o novo contrato. Já Grêmio e Santa Cruz estão próximos de aceitar, enquanto o São Paulo afirmou na reunião que levaria o assunto ao seu Conselho Deliberativo.
“Acertamos os detalhes técnicos e jurídicos. Não falta mais nada. Conseguimos os valores que queríamos. Em seis anos os clubes vão poder solucionar todas as dívidas construídas em décadas”, comemora o vice-presidente do Coritiba, Alceni Guerra. O Atlético foi representado nessa reunião e na anterior, de sexta-feira (29), pelo ex-presidente Mario Celso Petraglia – hoje presidente do Conselho Deliberativo.
Segundo Guerra, que acompanhou a negociação de perto durante todo o mês de janeiro, o acordo firmado agora vai para os Estados Unidos, para a direção do Esporte Interativo ter conhecimento, e na metade de fevereiro ele poderá ser assinado. Isso mesmo com uma contraproposta da Globosat, que pertence a Rede Globo.
“Nós demos o retorno à Globo dizendo que a proposta do Esporte Interativo era irrecusável. Não temos o que reclamar da Globo, mas nenhum dirigente com responsabilidade pode recusar uma proposta dessas”, argumenta Guerra, negando, porém, que tenha se falado sobre a venda dos direitos de transmissão para tevê aberta.
Pelo Atlético, o presidente do clube, Luiz Sallim Emed, que manteve contato com Petraglia durante as negociações, elogiou também o novo contrato. “É muito bom, os clubes estão compromissados em fechar com o Esporte Interativo. A gente não pode ficar fazendo leilão. Tem de entender o que é melhor para o Atlético como um todo”, argumenta.
Os valores não foram informados, mas é certo que Atlético e Coritiba devem receber um valor 10 vezes maior do que o atual. Segundo o site da ESPN, o valor a ser dividido entre os clubes para a transmissão em televisão fechada é de R$ 600 milhões e seguiria o modelo da inglesa Premier League: 50% de forma igualitária, 25% pelo desempenho técnico e 25% a partir da audiência. Os jogos de meio de semana terminariam às 22 horas e haveria cláusula para evitar que uma equipe tivesse muito mais jogos transmitidos do que as outras.
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