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Atleticanos comemoram o gol da vitória no último Atletiba da Arena, que tirou o Coritiba da Libertadores. | Antônio Costa/Gazeta do Povo
Atleticanos comemoram o gol da vitória no último Atletiba da Arena, que tirou o Coritiba da Libertadores.| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

A Arena da Baixada recebe neste domingo (21), às 16 horas, o primeiro Atletiba desde o fechamento do estádio para obras da Copa do Mundo. O último clássico disputado no campo rubro-negro, no dia 4 de dezembro de 2011, foi justamente a saideira para um hiato de três anos e meio. Duelo que nem Atlético, nem Coritiba gostariam de recordar.

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A partida valia tudo para os rivais. O Coxa chegou ao encontro dependendo de uma vitória para garantir classificação à Libertadores. O Furacão, por outro lado, precisava vencer e torcer para por uma derrota do Cruzeiro para o Atlético-MG para se salvar do rebaixamento.

Mas a Raposa não demorou para abrir vantagem no jogo em Sete Lagoas e foi para o intervalo com um incrível 4 a 0. A notícia chegou rápido a Curitiba, onde a partida ainda estava zerada após os primeiros 45 minutos.

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“Ficamos sabendo do resultado no vestiário e percebemos que ficaria difícil. Mas botamos na cabeça que tínhamos de sair dali fazendo um ótimo jogo, como fizemos”, relembra o goleiro Renan Rocha, dono da camisa 1 atleticana naquele Atletiba.

O placar que rebaixaria o rival obviamente também corria no vestiário alviverde. E talvez tenha sido a principal causa pela atuação apática.

Aos 28 minutos do segundo tempo, o equatoriano Guerrón marcou o gol da honra do Atlético e que matou o objetivo do Coritiba. “Não sei se atrapalhou, mas entramos com um peso maior na etapa final. Meu pensamento é de que eles estariam mais cabisbaixos... Sei que não deu nada certo e deixamos escapar a oportunidade de coroar aquela grande temporada”, conta o meia Rafinha, que compara o vestiário do fim do duelo com outras duas péssimas lembranças para o torcedor coxa-branca.

“Ninguém comentou nada. Foi um vestiário frio como o dos vices na Copa do Brasil”, emenda o jogador do Al Shabab, da Arábia Saudita.

O resultado teve desdobramentos políticos no Atlético. A Série B foi a gota d’água para a torcida que no mesmo mês elegeu Mario Celso Petraglia para presidente –enquanto o grupo de Marcos Malucelli saiu de cena.

De lá para cá, muita coisa mudou no clube, que se recuperou no ano seguinte e voltou à elite. Na sequência, em 2013, alcançou a terceira colocação no Brasileiro e também chegou à decisão da Copa do Brasil.

Entre os jogadores, apenas Deivid e Marcos Aurélio – recontratado recentemente – continuam nos elencos. “Mudou muito depois do rebaixamento, o time todo praticamente. Na Série B foi outro tipo de investimento, um ano muito diferente. A diretoria também não era a mesma e isso influencia muito lá dentro, no decorrer do ano. Além de agora ter a Baixada reformada”, fala Renan Rocha, que lembra que o time saiu de campo aplaudido pela dedicação, apesar da queda.

Aquele clássico também mudou o futuro do Coritiba. A melhor campanha dos últimos anos acabou não rendendo em nada e, no ano seguinte, o time deixou escapar a Copa do Brasil pela segunda vez. Na últimas três temporadas, a rotina foi de briga contra o rebaixamento.

“Queria a vitória pela vaga [na Libertadores] e para conseguir rebaixar o maior rival. Para o torcedor seria um fato marcante, como acabamos marcados negativamente pela derrota”, fecha Rafinha.

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