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BarcelonaEm 1995 Um dos maiores ídolos da história do clube, Johan Cruyff chegava a sete anos no comando do Barcelona. Era um momento de reconstrução no Barça, que após quatro títulos seguidos havia perdido a hegemonia espanhola para o Real Madrid, que tinha Luís Enrique, um meia de 24 anos, como um dos destaques do time.Em 2014 Depois de trocar o Real pelo Barça em 1996, Luís Enrique criou tamanha identificação com os catalães que foi o escolhido para reimplantar no time o estilo de jogo adotado por Pep Guardiola. Se fracassar, certamente será criticado por Cruyff. Aposentado do banco de reservas há mais de uma década, o holandês é um ombudsman não oficial do Barcelona.
Bayern de MuniqueEm 1995 A perda da Bundesliga fez Otto Rehaggel perder o emprego no Bayern dias após eliminar o Barcelona, que tinha Pep Guardiola no meio-campo, na semifinal da Copa da Uefa (atual Liga Europa).Em 2014 Aposentado desde 2012, Rehaggel comemora dez anos do maior título da sua carreira, a Euro-2004, com a Grécia. O Bayern inicia a segunda temporada sob o comando de Pep Guardiola.
Borussia DortmundEm 1995 Atual campeão alemão, Ottmar Hitzfeld construía o período mais vitorioso da história do Dortmund, que ainda teria mais um título nacional e um europeu sob seu comando. Um andar abaixo, o pequeno Mainz fracassava em mais uma tentativa de chegar à Bundesliga com uma novidade: seu antigo atacante, Jürgen Klopp, agora era zagueiro.Em 2014 Hitzfeld ingressa na vida de aposentado após levar a Suíça às oitavas de final na Copa do Mundo. Verá de casa o Dortmund treinado por Klopp tentar ser campeão europeu e derrubar a hegemonia local do Bayern como ele fez.
Manchester UnitedEm 1995 Alex Ferguson emplacava a nona temporada a frente dos Diabos Vermelhos e caminhava para a conquista do terceiro título inglês com o clube. O mundo, porém, olhava mais atento ao trabalho do emergente Louis Van Gaal, que levava o Ajax aos títulos holandês, europeu e mundial.Em 2014 Ferguson curte o segundo ano da aposentadoria. O Manchester, após uma aposta ruim em David Moyes, busca retomar a hegemonia inglesa com o consagrado Van Gaal, que levou a Holanda à terceira colocação na Copa.
MilanEm 1995 Fabio Capello preparava o Milan para vencer o quarto Campeonato Italiano sob seu comando. Título que teve como concorrente principal no primeiro turno o Parma, que acabava de trazer do Piacenza o jovem atacante Filippo Inzaghi.Em 2014 Capello caiu com a Rússia na primeira fase da Copa, mas segue no comando até 2018. Embora tenha história no Milan, o clube segue na estratégia de apostar em ex-jogadores iniciando como técnico. Após Seedorf, agora é Inzaghi quem dirige o gigante italiano.
Real MadridEm 1995 Campeão mundial com a Argentina e ídolo merengue, Jorge Valdano acabara de levar o Real ao título espanhol. Com bem menos glamour, Carlo Anceloti - ex-meio-campista como Valdano - iniciava seu primeiro trabalho como técnico, na Reggiana.Em 2014 Anceloti é o técnico do Real Madrid, com o status de ter, enfim, levado ao clube ao décimo título europeu. O nono, em 2002, teve Valdano como diretor técnico. Fora do banco de reservas desde 97, Valdano ainda trabalhou no Real no início dessa década. Hoje, trabalha como comentarista e escritor.
A apresentação de Luiz Felipe Scolari no Grêmio reforça o revival noventista do futebol brasileiro. Cinco grandes clubes do país têm, hoje, o mesmo técnico de 1995: Flamengo (Vanderlei Luxemburgo), Internacional (Abel Braga), São Paulo (Muricy Ramalho) e Atlético-MG (Levir Culpi), além do próprio Tricolor Gaúcho. Um cenário que diz muito sobre o estágio do futebol nacional.
Se por aqui os bancos de reservas são ocupados sempre pelos mesmos nomes, na Europa o rodízio é constante mesmo no topo de cadeia. Para mostrar essa diferença, a Gazeta do Povo compara o técnico de seis gigantes europeus hoje e em 1995. Os comandantes de 19 anos atrás, em regra, já estão aposentados, enquanto os atuais, duas décadas atrás jogavam bola ou começavam a carreira na prancheta.
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