Para obter uma vitória no clássico deste domingo (20), às 18h30, no Couto Pereira, Atlético e Coritiba apostam alto em boas atuações de seus goleiros, o rubro-negro Weverton e o alviverde Wilson, destaques das equipes no Brasileirão.
Contratados com pouco alarde, os arqueiros têm sido peças fundamentais no sonho do Furacão por uma vaga no G4 e na batalha do Coxa contra o rebaixamento, respectivamente.
As estatísticas de ambos na Série A comprovam o peso que suas performances terão no Atletiba. Somando 25 jogos, Weverton, 27 anos, é o terceiro goleiro com mais defesas na competição. Foram 69 até a 26.ª rodada, média de 2,7 por duelo. Além disso, o atleticano possui a terceira melhor reposição de jogo, com 160 lançamentos certos, média de 45,1% de acerto. Para completar, ostenta média de 1,12 gols sofridos por jogo — em dez oportunidades Weverton não foi vazado neste Brasileirão.
Do outro lado, o experiente Wilson, de 31 anos, chegou como reforço para a competição e já disputou 16 jogos pelo Coxa. Efetuou 39 defesas, média de 2,4 por jogo, ligeiramente inferior à do adversário Weverton. No quesito reposição de jogo, novamente o defensor da meta do Alto da Glória leva desvantagem em comparação ao atleticano. São 67 lançamentos, índice de 26,8% de acerto. Por outro lado, a média de gols sofridos por Wilson por jogo é bastante inferior à de Weverton: 0,68 por confronto — em nove oportunidades Wilson não levou gols.
Considerando somente as últimas cinco rodadas do campeonato, novamente Wilson leva a melhor. O goleiro coxa-branca sofreu somente um gol, contra cinco de Weverton.
Diferenças estatísticas à parte, Weverton e Wilson guardam semelhanças em suas trajetórias em Atlético e Coritiba.
Ambos chegaram aos clubes desacreditados. Contratado em 2012 da Portuguesa, Weverton chegou ao Atlético como uma jovem aposta para a disputa da Série B, respaldado pelo acesso que obteve com a Lusa no ano anterior, em 2011.
Logo na chegada, amargou o banco com o técnico uruguaio Juan Ramón Carrasco. Apenas na sexta rodada daquela Segundona assumiu o posto de titular. E, três anos depois, passou de aposta a ídolo e referência do Rubro-Negro.
Wilson desembarcou no Alto da Glória para suprir a crise e o descrédito que se instalavam na meta coxa-branca após a saída de Vanderlei para o Santos, no início da temporada. Os jovens Vaná e Bruno foram testados no Estadual e na Copa do Brasil, mas não corresponderam. A diretoria chegou a negociar com medalhões como Aranha, do Palmeiras, e Dida, do Internacional. Mas fechou mesmo com Wilson.
Apesar de experiente, a passagem mais expressiva do goleiro havia sido no Figueirense, entre 2007 e 2012. Em seguida, rumou para o Vitória, onde estava antes de fechar com o Coritiba. Logo na estreia, na 11.ª rodada, garantiu o empate sem gols com o Joinville no Couto Pereira. No jogo seguinte, diante da Ponte Preta, novamente não foi vazado. Em pouco tempo, resolveu o problema da meta alviverde e firmou-se como peça-chave do elenco comandado por Ney Franco.
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