Valeu pela vitória. O Palmeiras não jogou bem contra o Figueirense, neste sábado, no Allianz Parque, em São Paulo. Teve grande dificuldade diante de um time preocupado apenas em se defender, criou pouco. Mas ao menos teve mérito de perseguir o triunfo, graças a dois gols de bola parada, e mereceu os 2 a 0, pela 25.ª rodada do Brasileiro. Resultado que põe fim a uma série de três jogos sem vencer e mantém o time no bolo dos que disputam vaga na Libertadores. Com 38 pontos, 12 vitórias e 14 gols de saldo, dormiu em quinto lugar.
O Figueirense veio com uma proposta clara. Jogar fechado, esperando o Palmeiras, e contra-atacar quando possível. Com isso, tirou os espaços do time paulista. Zé Roberto e Robinho, este um pouco mais atrás, não conseguiam articular jogadas e a opção das laterais também não funcionou, pois eles foram bem marcados. Um exemplo: Marcão, centroavante do time catarinense, teve como primeira missão impedir os avanços do lateral-direito Lucas.
Além disso, o Palmeiras errava muitos passes, o que dificultava bastante a criação das jogadas. Assim, durante a primeira etapa, pouco de efetivo ocorreu. O time palmeirense, a rigor, não deu trabalho ao goleiro Alex Muralha. Alguns chutes de fora da área, fracos, e só.
Nem mesmo o garoto Gabriel Jesus, que se movimentou bastante, obteve sucesso em suas investidas. Ele estava muito marcado e pouco conseguia produzir. A torcida foi se irritando e chegou a vaiar a equipe, rapidamente, ao fim da primeira etapa. Irritação que poderia causa prejuízo ao Palmeiras, pois um torcedor mais exaltado atirou um copo no gramado. “Dedurado”, ele foi retirado da arquibancada pela PM. Assinou um termo de responsabilidade por seu ato, o que também ajudará a evitar punição ao clube.
Menos mal para o Palmeiras que o time começou o segundo tempo fazendo gol. Aos 50 segundos, após cobrança de escanteio da direita, Alecsandro desviou e Jackson abriu o placar. Alívio da equipe em campo e do torcedor fora dele.
O Palmeiras melhorou. Não muito, mas melhorou. O técnico Marcelo Oliveira contribuiu para isso ao colocar o rápido Kelvin no lugar de Egídio – Zé Roberto foi para a lateral esquerda. Ainda assim, não conseguia se impor de maneira contundente. Faltava ao time criatividade, jogadas mais elaboradas pelas laterais e mesmo talento individual.
Mas o Figueirense não assustava. Em nenhum momento abriu mão de seu jogo defensivo. Mesmo com as alterações feitas pelo técnico René Simões o time não mudou a proposta.
Com isso, o Palmeiras manteve-se a maior parte do tempo no campo do adversário, criou algumas chances e acabou chegando com justiça ao segundo gol. Foi em uma jogada em que Zé Roberto invadiu a área e foi derrubado. O experiente jogador tomou a iniciativa de cobrar e, com categoria, definiu de vez o placar.
A partida terminaria logo depois – o segundo gol foi marcado aos 42 minutos – e era possível ver no semblante dos jogadores palmeirenses o alívio pelo fato de o time voltar a vencer. Bom futebol fica para quando for possível.
Nesta quarta-feira contra o Fluminense, no estádio do Maracanã, no Rio, o Palmeiras poderá contar com Arouca. O volante, que está pendurado com dois cartões amarelos, foi poupado neste sábado. Mas Victor Hugo recebeu o terceiro cartão e não poderá jogar.
Ficha técnica
PALMEIRAS
Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio (Kelvin); Thiago Santos, Zé Roberto e Robinho; Rafael Marques (Andrei Girotto), Gabriel Jesus e Alecsandro (Cristaldo)
Técnico: Marcelo Oliveira
FIGUEIRENSE
Alex Muralha; Leandro Silva, Saimon, Thiago Heleno e Cereceda; Paulo Roberto, Fabinho, João Vitor e Celsinho (Juninho); Elias (Alemão) e Marcão (Thiago Santana)
Técnico: Renê Simões
Estádio: Allianz Parque, em São Paulo. Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ). Gols: Jackson, a 1, e, Zé Roberto, aos 42 min do 2º tempo. Cartões amarelos: Vitor Hugo, Egídio, Jackson, Andrei Girotto (P), Paulo Roberto e Marcão (F). Cartão vermelho: Leandro Silva (F), aos 48/2º. Renda: R$ 1.349.988,75. Público: 22.794.
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