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Atleta do Brasil de Pelotas momentos antes de chutar a cabeça do mordomo do Londrina | Roberto Custódio / JL
Atleta do Brasil de Pelotas momentos antes de chutar a cabeça do mordomo do Londrina| Foto: Roberto Custódio / JL

Comissão técnica do Brasil é punida por bate-boca no primeiro jogo

A primeira partida entre Londrina e Brasil de Pelotas, na derrota por 3 a 1 do Tubarão no Rio Grande do Sul, também teve discussão e foi alvo de um julgamento no STJD na segunda-feira (3).

O fisioterapeuta do Londrina, Marcelo Barbosa Rockembach, o auxiliar-técnico do Brasil, Alex Lessa, e o supervisor do clube gaúcho, Moises Von Ahn, foram acusados de ter invadido o campo. Além disso, contra os dois representantes do Brasil de Pelotas também pesou a acusação de agressão física e ofensa à honra.

Como resultado, o massagista do Londrina foi absolvido e os dois membros da comissão técnica do Brasil foram punidos com suspensão de cinco partidas e multa de R$ 200 cada. Os pagamentos têm de ser efetivados em até sete dias, alerta o STJD, sob pena de nova punição.

O Londrina corre risco de perder até 10 mandos de jogos na Série C do Brasileiro do anos que vem por causa da confusão generalizada no empate em 2 a 2 com o Brasil de Pelotas, sábado (1º), que custou a desclassificação do Tubarão na semifinal da Série D. Essa é uma das sanções previstas contra o clube segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

No artigo 213, o CBJD prevê punição a clubes que deixarem de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em seu estádio, invasão e lançamento de objetos no campo de jogo. Todos esses fatos foram descritos pelo árbitro goiano Eduardo Tomaz de Aquino na súmula da partida.

Além da perda dos mandos de jogos, cabível quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento da partida – o jogo ficou interrompido por mais de 20 minutos –, o Londrina deve ficar sujeito a multa que pode chegar a R$ 100 mil.

Na avaliação do advogado especialista em direito esportivo Domingos Moro, a punição para o Tubarão não deve ser pequena. "Tudo depende da denúncia, de como os fatos forem relatados e das provas apresentadas pelos dois lados. Ainda é cedo para fazer qualquer avaliação, mas posso dizer que esse fato não deve sair barato para o Londrina", afirmou.

A denúncia à qual Moro se refere ainda não foi encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Porém, o site do tribunal já traz uma nota em que é dada como certo o julgamento da participação tanto do Londrina quanto do Brasil de Pelotas na confusão. Os envolvidos que forem identificados devem ser suspensos preventivamente até que o caso seja julgado.

Moro lembra do jogo entre Londrina e Coritiba, no Campeonato Paranaense de 2013, quando atletas e membros das comissões técnicas das duas equipes partiram para a pancadaria também no Estádio do Café. Apesar de semelhante, o caso não deve servir como antecedente pesando contra o Londrina. "É um fato a ser lembrado pelos advogados do Brasil de Pelotas, mas não tem valor legal como antecedente", disse.

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