Pelo relato do árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (CBF-GO), é provável que o Londrina comece a Série C do Brasileiro ano que vem punido. O juiz não aliviou na súmula em relação à briga generalizada no empate pôr 2 a 2 com o Brasil de Pelotas, no Estádio do Café, sábado, que custou a desclassificação do Tubarão na semifinal da Série D. Chegou a faltar espaço para relatar a briga, que teve cinco expulsões, dois presos (o goleiro Eduardo Martini e o zagueiro Fernando Cardozo, ambos da equipe gaúcha) e um funcionário do LEC hospitalizado.
No documento, que será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Valadão relata que os ânimos já estavam exaltados antes da partida. Torcedores do Londrina atiraram pedras no ônibus do Brasil. Isso fez com que o árbitro solicitasse reforço policial, principalmente nas proximidades dos vestiários.
Antes da briga, houve bate-boca dos jogadores no intervalo. Dois minutos antes da confusão, um rádio foi atirado em campo e o torcedor do Londrina identificado e detido. Na sequência, começou a briga de jogadores e comissões técnicas de ambos os lados.
O documento, apesar de conter quatro páginas, parece estar incompleto, já que não traz detalhes sobre o desenrolar do confronto. Entre os fatos não narrados, estão o espeto utilizado por um membro da comitiva do Brasil para ameaçar os jogadores do Londrina e a agressão contra a equipe de jornalistas da RBS que cobria a partida.
A súmula está assinada digitalmente pelos quatro árbitros e foi disponibilizada no site da CBF às 22 horas de domingo. A reportagem tentou contato com o presidente do STJD, Paulo Schmitt, para comentar o caso, mas não o encontrou.
Explicação
Apontado como um dos responsáveis, o gerente de futebol do Londrina, Alex Brasil, diz que tentou apaziguar o elenco do Brasil antes da confusão. Imagens da RBS, afiliada gaúcha da Rede Globo, mostram o dirigente mandando o cinegrafista parar de gravar. Depois, o equipamento vai ao chão. "Pedi ao cinegrafista filmar o rapaz do Brasil que estava com o espeto. Ele disse que era gaúcho e não ia filmar. Pedi então que parasse de filmar. Foi quando as pessoas que estavam do lado ouviram que ele era gaúcho e partiram para cima", contou.
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