Momento em que o jogador do Brasil de Pelotas desfere um chute no massagista do Londrina.| Foto: Roberto Custódio/ JL

Pelo relato do árbitro Eduar­­do Tomaz de Aquino Valadão (CBF-GO), é provável que o Lon­­drina comece a Série C do Brasileiro ano que vem punido. O juiz não aliviou na súmula em relação à briga generalizada no empate pôr 2 a 2 com o Brasil de Pelotas, no Estádio do Café, sábado, que custou a desclassificação do Tubarão na semifinal da Série D. Chegou a faltar espaço para relatar a briga, que teve cinco expulsões, dois presos (o goleiro Eduardo Martini e o zagueiro Fernando Cardozo, ambos da equipe gaúcha) e um funcionário do LEC hospitalizado.

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No documento, que será analisado pelo Superior Tri­­bunal de Justiça Desportiva (STJD), Valadão relata que os ânimos já estavam exaltados antes da partida. Torcedores do Londrina atiraram pedras no ônibus do Brasil. Isso fez com que o árbitro solicitasse reforço policial, principalmente nas proximidades dos vestiários.

Antes da briga, houve bate-boca dos jogadores no intervalo. Dois minutos antes da confusão, um rádio foi atirado em campo e o torcedor do Londrina identificado e detido. Na sequência, começou a briga de jogadores e comissões técnicas de ambos os lados.

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O documento, apesar de conter quatro páginas, parece estar incompleto, já que não traz detalhes sobre o desenrolar do confronto. Entre os fatos não narrados, estão o espeto utilizado por um membro da comitiva do Brasil para ameaçar os jogadores do Londrina e a agressão contra a equipe de jornalistas da RBS que cobria a partida.

A súmula está assinada digitalmente pelos quatro árbitros e foi disponibilizada no site da CBF às 22 horas de domingo. A reportagem tentou contato com o presidente do STJD, Paulo Schmitt, para comentar o caso, mas não o encontrou.

Explicação

Apontado como um dos responsáveis, o gerente de futebol do Londrina, Alex Brasil, diz que tentou apaziguar o elenco do Brasil antes da confusão. Imagens da RBS, afiliada gaúcha da Rede Globo, mostram o dirigente mandando o cinegrafista parar de gravar. Depois, o equipamento vai ao chão. "Pedi ao cinegrafista filmar o rapaz do Brasil que estava com o espeto. Ele disse que era gaúcho e não ia filmar. Pedi então que parasse de filmar. Foi quando as pessoas que estavam do lado ouviram que ele era gaúcho e partiram para cima", contou.

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