Assim que possível, Adriana Couto Pereira Rocha espera realizar o desejo do pai: espalhar as cinzas dele no gramado do Alto da Glória. Luiz Roberto Couto Pereira morreu repentinamente, aos 73 anos, de embolia pulmonar em Paris, no último dia 7 de abril. Ele era filho do Major Antônio Couto Pereira, presidente responsável por encontrar e comprar, com um empréstimo de 120 contos de réis na Caixa Econômica Federal, o terreno que permitiu a construção estádio alviverde.
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“Fui visitá-lo em 2014 porque a esposa dele estava muito doente e queria convencê-lo a voltar ao Brasil. E assim, em uma conversa, ele comentou que a vontade dele era ser cremado e que as cinzas fossem jogadas no estádio”, contou a professora universitária, de 39 anos, que mora em Palmas, sul do estado.
Uma divergência com um dos irmãos impediu que a cerimônia, já autorizada pelo Coritiba, fosse realizada. O pedido foi feito em maio, em uma visita dela com outro irmão em homenagem ao pai.
“Ele tinha um orgulho enorme”, contou. “Mas como morávamos em São Paulo durante muito tempo, lá não conheciam muito. Ele costumava brincar que com o sobrenome famoso e mais R$ 2 reais ele conseguia tomar um café”, recordou.
Quando Adriana veio morar no Paraná, percebeu que a referência era bem mais forte. “Quando as pessoas leem ou escutam, fazem a associação rápida e mostram muito carinho”, contou.
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