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É crítica a situação do Palmeiras neste início de Campeonato Brasileiro. Em quatro rodadas tem apenas um ponto. O time já flerta com o rebaixamento apesar da longa fila de jogos que tem pela frente. Neste sábado, conheceu a terceira derrota consecutiva ao cair diante do Atlético Mineiro por 1 a 0, no Pacaembu, pela quarta rodada - jogo que marcou a estreia de Ronaldinho Gaúcho no time de Belo Horizonte.

Agora com 10 pontos, o Atlético assumiu provisoriamente a liderança da competição - pode ser ultrapassado pelo Vasco e até pelo Internacional neste domingo. Com apenas um ponto, conquistado na estreia contra a Portuguesa, o Palmeiras amarga a 19.ª e penúltima colocação e pode até terminar a rodada na lanterna.

Se ainda tem tempo para se reorganizar, o Palmeiras precisa urgente de reforços de bom nível. Longe ser unanimidade no clube Felipão não tem opções e deve ser pressionado ainda mais. Sua saída é conquistar a Copa do Brasil - está nas semifinais contra o Grêmio. Mas, pelo o que o time jogou diante do Atlético, a expectativa é de um novo fracasso.

Neste sábado, o primeiro tempo do jogo não teve grandes emoções. Nem mesmo Ronaldinho Gaúcho, a atração da noite gelada no Pacaembu, apareceu. Marcado de perto, diria grudado, por Márcio Araújo, o craque se limitou aos lances burocráticos no meio de campo. Conseguiu apenas uma jogada de efeito em cima de Márcio Araújo e Marcos Assunção. E só.

Sem a ação efetiva de Ronaldinho Gaúcho, o Atlético só assustou o Palmeiras com dois lançamentos nas costas da zaga que foram desperdiçados por Bernard na cara do goleiro Bruno.

Quanto ao time de Felipão, os mesmos vícios e a falta de sintonia de sempre. Com o meia Felipe aberto na direita - mais preocupado em marcar Júnior César do que criar -, Daniel Carvalho centralizado e Luan aberto na esquerda, Barcos ficou isolado entre os zagueiros atleticanos. A bola não chegava limpa aos seus pés. Por isso, o argentino não apareceu nos 45 minutos.

Outro problema grave do Palmeiras foram os chutões para frente. Em vez de trabalhar a bola, como manda a cartilha dos times bem equilibrados, os homens do setor defensivo optaram pelos esticões a esmo. Era melhor se livrar da bola do que conduzi-la até a zona de gol do adversário. Jogando dessa forma, o time paulista não incomodou o goleiro Giovani.

No segundo tempo, a casa verde caiu logo aos 4 minutos. Bernard aproveitou a indolência de Cicinho, deu um drible e cruzou para Jô marcar de cabeça. O gol do Atlético desmontou o Palmeiras, se é que o time paulista estava de pé. Os erros de passes se repetiram com insistência.

Sem saída, Felipão trocou Felipe por Maikon Leite e Luan por Mazinho na tentativa de abrir o jogo e a bola chegar até Barcos. As mudanças não funcionaram. Maikon Leite ficou preso no setor direito e Mazinho no esquerdo. Bom para o time mineiro. Ronaldinho Gaúcho assumiu o controle do jogo com bons passes para Jô, Bernard e Danilinho, que minavam a defesa paulista.

Em pânico, sem a mínima coordenação entre defesa, meio e ataque, o Palmeiras não chegava na zona do gol. Daniel Carvalho, encarregado da criação, preferia simular faltas a alimentar os atacantes. E Marcos Assunção, sem força, não marcava ninguém e errava todas cobranças de falta até que, aos 38 e aos 41, carimbou o travessão de Giovanni por duas vezes para desespero da sofrida torcida verde. Pelo andar da carruagem, o palmeirense vai penar muito neste Brasileirão.

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