A diretoria do Náutico informou no final da tarde desta sexta-feira (29) que chegou a um acordo para o pagamento dos salários atrasados de "alguns jogadores". Com isso, a possibilidade de greve na rodada do Campeonato Brasileiro, ameaça que chegou a ser feita pelo movimento Bom Senso FC, foi descartada.
"Após reunião realizada na tarde desta sexta-feira, a direção do Clube Náutico Capibaripe entrou em acordo com o grupo de atletas e se comprometeu a realizar o pagamento dos atrasados até o dia 9 de dezembro de 2013", apontou o grupo em comunicado. "Depois de contatos com atletas do Náutico e buscando não prejudicar o andamento da competição, ficou definido que não haverá greve nesta rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, mas seguiremos com as manifestações até atingir os objetivos do grupo."
No dia anterior, o volante Martinez liderou os demais jogadores do Náutico numa entrevista coletiva para cobrar o pagamento dos atrasados e reclamar publicamente da postura do clube diante do problema. Ele chegou a dizer que o time admitia até mesmo a possibilidade de não entrar em campo no domingo, contra o Vasco, pela penúltima rodada do Brasileirão.
Diante disso, o Bom Senso FC, movimento que reúne cerca de mil jogadores e vem lutando por melhores condições de trabalho no futebol brasileiro, avisou que era solidário e cobrou uma solução. O grupo chegou a prometer paralisar o Campeonato Brasileiro "imediatamente" caso a situação não fosse resolvida.
Após reunião com o elenco nesta sexta-feira, a diretoria do Náutico anunciou que fez um acordo para o pagamento das pendências financeiras até o dia 9 de dezembro. E, segundo o clube comunicou via Twitter, "os jogadores concordaram" com a proposta.
O Bom Senso FC, porém, alertou os clubes para que atrasos não voltem a acontecer e apontou que o episódio é mais uma prova da necessidade de implantação do fair play financeiro no futebol brasileiro. "Este caso deixa evidente a urgência de implementação do fair play fiscal e trabalhista defendido pelos atletas. Estamos atuando com bom senso, respeitando o futebol e o torcedor brasileiro e esperamos que as entidades que regem o futebol no país assumam suas responsabilidades e tenham coragem de propor aquilo que é necessário para regular e equilibrar o mercado."
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