O atacante Neymar que estreia apenas hoje no Brasileiro não é um time todo, mas bem que poderia ser. Pelo menos a partir do ponto de vista financeiro. A estrela do adversário desta noite do Coritiba é o jogador mais bem pago do país e só o que ele recebe com os dez patrocinadores pessoais que coleciona é superior ao que muitos clubes da Série A do Nacional conseguiram angariar com patrocínio no ano passado.
O "time Neymar" fatura cerca de R$ 25 milhões anuais de recursos de seus mecenas, que pagam a maior parte do salário dele, de R$ 2,3 milhões como troca, o jogador serve de garoto-propaganda.
"É uma loucura. O que assusta é que o valor é muito elevado para o padrão brasileiro. Mas ele [Neymar] se aproveitou da carência de ídolos que o Brasil atravessa desde a morte do Ayrton Senna", explica o diretor da área de consultoria esportiva da BDO, Amir Sommogi.
O montante anual que ele recebe quase se equipara ao que o Santos obteve com receita de patrocinadores em 2011, que foi de R$ 28,9 milhões. No fim das contas, o jogador santista só perde para o próprio clube, Internacional, São Paulo, Corinthians e Palmeiras. Todos os outros times da Primeira Divisão ficam na rasteira.
Quando colocado o Coritiba ao lado de Neymar, o buraco que se abre é imenso. O Alviverde conseguiu gerar receitas na casa de R$ 5,7 milhões com patrocínio no ano passado nesse valor está incluso também os repasses da Timemania. O número do Atlético não passou de R$ 4 milhões. Aliás, com tudo o que fatura anualmente, o jogador santista poderia bancar o departamento de futebol coxa-branca por seis meses.
Apesar dos valores astronômicos, um jogador faturar mais do que um clube não é exclusividade do futebol no Brasil. É apenas uma consequência do poder do marketing em torno de astros do esporte. "O Cristiano Ronaldo fatura com marketing mais do que clubes menores da Espanha, como Osasuna ou Sociedad", diz Sommogi.
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