O Corinthians vai oficializar na noite desta terça-feira (25) uma decisão que deve gerar polêmica entre um grupo de torcedores. Não é a contratação de um atacante, nem a saída de um jogador. Mas para os mais viciados em videogames, porém, o anuncio é tão relevante quanto: o clube paulista não fará parte do game Fifa 16 e estará com exclusividade no Pro Evolution Soccer (PES).
A principal justificativa para não estar no mais famoso jogo de futebol do mundo virtual é financeira: enquanto a EA Sports, do Fifa, ofereceu R$ 30 mil para ter a equipe paulista na temporada, a Konami, do PES, vai pagar 20 vezes mais: R$ 600 mil pela exclusividade.
Mas não é só isso que explica a atitude da diretoria do Parque São Jorge: diferente do que vários clubes vêm pregando nos últimos anos, a atual gestão do alvinegro não tem a internacionalização como foco estratégico.
“Não posso falar de valores. Mas posso dizer que a Konami fez uma proposta melhor ao clube, que valoriza a presença do time no jogo”, disse o superintendente de Marketing do Corinthians, Gustavo Herbetta, em contato com a reportagem.
Nas redes sociais, assim que o assunto veio à tona, torcedores questionaram a decisão, chegando a ter até mobilização com hashtag para impedir a atitude da cúpula corintiana, com #queremoscorinthiansnoFIFA.
A principal crítica é de que estar fora do Fifa significa ignorar a tentativa de internacionalização. O executivo do Parque São Jorge, no entanto, discorda desse ponto de vista. “A internacionalização por si só não faz parte da estratégia do Corinthians. Os clubes de futebol falam disso há muito tempo, mas na prática nenhum conseguiu fazer como os europeus fazem em mercados emergentes. Internacionalizar não significa estar no videogame. O que adianta um garoto chinês escolher o Corinthians para jogar se ele não vai ter uma camisa para comprar depois, se eu não tenho como me relacionar com ele?”, defendeu Herbetta.
“O Corinthians tem muito mais um plano de nacionalização, de se aproximar de outras regiões do Brasil do que do garoto chinês. O mercado brasileiro ainda é gigante para os clubes brasileiros, é só você olhar o número de crianças que usam camisas dos times europeus. Com isso a gente consegue brigar de verdade. E é um plano de etapas: se a gente consegue crescer internamente, a gente pode pensar então na América Latina, um trabalho continental, podendo incluir até algumas regiões do México e dos EUA”, completou.
Na temporada 2015, o Fifa deixou fora os clubes brasileiros por não ter conseguido autorização para o uso dos direitos de imagem dos jogadores, evitando assim uma enxurrada de ações judiciais. Para 2016, a EA conseguiu o acordo, conseguindo documento por escrito dos clubes com a permissão para utilizar os seus respectivos elencos à vontade.
Dezessete dos 20 clubes da Série A do Brasileiro fecharam acordo com a EA Sports e estarão no Fifa. Receberão para isso cerca de R$ 15 mil.
Além do Corinthians, o Flamengo, Goiás e Sport também não fecharam com o Fifa. O time do Rio fez a mesma negociação do alvinegro e deve também deve fechar exclusividade com o Pro Evolution Soccer.
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