Pressionado depois de ver 97 conselheiros do Santos protocolarem o pedido de convocação do Conselho Deliberativo para votar o seu impeachment, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro pediu no início da noite desta quinta-feira licença de um ano do cargo - o mandato termina em dezembro de 2014.
No pedido entregue ao Conselho, Luis Alvaro alegou problemas de saúde. "Este prazo deve ser suficiente para a continuidade de meu tratamento de saúde, que prevê várias sessões de fisioterapia no Hospital Albert Einstein e uma série de limitações que impedem minha atuação 100% dedicada ao clube", disse em parte de uma carta divulgada no site do clube.
O vice Odílio Rodrigues assumirá o cargo, mas também é alvo de protestos da torcida e da oposição pela forma como conduziu a venda de Neymar para o Barcelona. Odílio é criticado também por não ter reforçado a equipe, que patina no Campeonato Brasileiro.
Mesmo se não conseguisse o impeachment, a oposição prometia brecar todas as votações no Conselho e, assim, impedir que a administração de Luis Alvaro tomasse qualquer decisão.
No início do ano, Luis Alvaro sofreu um enfarte e graves complicações pulmonares. O quadro clínico do dirigente é delicado desde 2003, quando sofreu quatro paradas cardíacas. Durante o seu mandato, por várias vezes ele pediu licença médica.
"É fato que o Santos precisa de um presidente que esteja presente em seu dia a dia, liderando a reformulação em curso após um período de três anos com seis títulos conquistados, o controle das finanças e a redemocratização de nosso estatuto", escreveu Luis Alvaro.
Segundo o dirigente, o pedido de afastamento por um ano foi feito em nome de suas filhas. "Nos últimos dias, aflitas com meu estado de saúde, minhas seis filhas fizeram um apelo comovente para que eu me dedicasse de maneira mais séria a meu tratamento, sob risco de acontecer o pior a qualquer momento".
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