O Tribunal de Justiça da Bahia determinou, nesta terça-feira (9), uma intervenção judicial no Bahia, 11º colocado no Campeonato Brasileiro. A decisão, por unanimidade de votos (3 a 0), afastou o presidente Marcelo Guimarães Filho e os 300 conselheiros do clube.
Guimarães Filho chegou a contratar o advogado Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, que atuou no processo do mensalão, em Brasília, para defendê-lo no caso. A ação foi movida pelo torcedor Jorge Maia, que questionou a exclusão dele e de outros 57 nomes do Conselho Deliberativo do Bahia às vésperas da eleição do clube, em 2011.
Em duas ocasiões anteriores, o juiz Paulo Albiani já havia decidido pela intervenção, em 1ª instância. Em ambas, porém, o presidente acabou conseguindo liminares no tribunal, sempre menos de um dia depois, para continuar no cargo.Desta vez, houve a derrubada da última liminar pelos desembargadores. Mesmo assim, ainda cabe novo recurso. Guimarães Filho não compareceu ao julgamento e não foi encontrado para comentar o assunto.
O advogado Carlos Rátis foi nomeado para ser o interventor do Bahia, junto com uma equipe técnica formada por três nomes. Os primeiros passos, segundo o grupo, serão abrir o clube para novos sócios e democratizá-lo, além de convocar nova eleição. Não houve a fixação de um prazo para as medidas.
Os contratos dos jogadores, do técnico Cristóvão Borges e os de natureza administrativa, como patrocínios e acordo de TV, continuam valendo normalmente. Em maio, cerca de 6.000 pessoas, segundo a Arena Fonte Nova, estiveram nas arquibancadas do estádio na manifestação por democracia e eleições diretas no clube.
No último domingo, o Bahia - campeão nacional em 1959 e 1988 - perdeu em casa para o Corinthians, por 2 a 0, na Fonte Nova. Nesta quarta, a equipe joga contra o São Paulo, no Morumbi.
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