O imbróglio judicial entre o Atlético e o atacante Vinícius Jaú, de 17 anos, uma das apostas da base rubro-negra, criou uma saia justa com o rival Coritiba, justamente quando os clubes se aproximam comercial e politicamente.
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Leia a matéria completaO jovem está afastado do CT do Caju há cerca de dois meses, após seu pai ter prestado queixa no 13.º Distrito da Polícia Civil contra o Atlético. A alegação é de que o jovem atacante teria sido alvo de assédio moral de dirigentes. Segundo o advogado de Jaú, Diego Barreto, o atleta menor de idade teria sido coagido a assinar, em agosto, contrato profissional sem a companhia dos pais ou do empresário.
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Após o jogador passar um tempo em sua cidade no interior paulista, o representante de Jaú enviou uma carta ao Coxa pedindo para o menino treinar no clube durante o litígio com o Furacão. O Coritiba acolheu o atacante, que treinou no clube por cerca de dez dias.
Foi então que o Atlético descobriu a situação e notificou o Coxa para que não acolhesse mais Jaú. O pedido foi acatado pelo presidente coxa Rogério Bacellar.
“O atleta veio para o Coritiba. Em seguida, o Atlético notificou o Coritiba de que havia uma questão judicial envolvendo o atleta. O Coritiba contranotificou o Atlético, demonstrando que não tinha ciência da situação e liberou o jogador”, afirma nota enviada pelo Alviverde.
“Sumiço” no Coritiba
Além do problema com o atacante Vinícius Jaú relacionado ao imbróglio com o Atlético, o Coritiba não conta no momento com outro jogador da categoria de base. Um dos destaques da equipe sub-15 do Coxa, o meia Vitinho não está treinando no clube. O departamento responsável pela base do Coxa não sabe do paradeiro do menino, que treina desde os dez anos no Alviverde.
“O Vitinho fez, recentemente, todo o processo de renovação contratual com o Coritiba. Mas faz alguns dias que não está indo treinar no clube. Ele teve a renovação encaminhada, mas não confirmada”, diz nota enviada pelo Alviverde.
Há suspeita de que Vitinho esteja treinando no Atlético. Procurado pela reportagem, o Furacão não respondeu a solicitação para saber se o menino treina no clube. (JF)
Em audiência na última segunda-feira (19), em Curitiba, os advogados de Jaú tiveram negadas as tentativas de obter liminar que rescindisse o contrato com o Furacão. Ainda segundo Barreto, o impasse tem afetado a educação do garoto, que voltou para o interior paulista, onde desde então está sem estudar.
“Ele tentou treinar no Coritiba para pelo menos permanecer na cidade e concluir o ano letivo”, diz o advogado.
Para o ex-jogador Robertinho, empresário de Jaú, a pressão sofrida pelo menino no Atlético seria uma retaliação da diretoria por incidentes envolvendo o meia Nathan, a quem também agencia e foi recentemente vendido ao Chelsea. Robertinho cobra do Furacão 15% dos direitos econômicos de Nathan a que teria direito.
Procurado pela reportagem, o Atlético não respondeu aos questionamentos.
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