Rodada mantém Coxa fora da ZR

O Coritiba deve ao Criciúma a permanência fora da zona de rebaixamento por mais uma rodada. A vitória do Tigre sobre o Vasco, ontem, por 3 a 2, segurou o time carioca entre os quatro piores do campeonato. Agora é o primeiro do lado de fora da ZR, caiu para o 16.º lugar por causa do empate entre São Paulo e Corinthians, por 0 a 0. Para evitar o retorno à Série B depois de três anos, o Coxa terá de melhorar o desempenho onde mais sofre na atual temporada: fora de casa.

Nas dez rodadas restantes, o Coritiba terá cinco confrontos diretos com equipes igualmente ameaçadas. Quatro deles serão na condição de visitante. A exceção é o jogo com o Criciúma (35.ª rodada), no Couto Pereira. Os demais são contra Ponte Preta (quarta-feira), Vasco (32.ª), Portuguesa (33.ª) e São Paulo (última).

Até o momento, o Coritiba tem uma vitória, cinco empates e oito derrotas como visitante. O aproveitamento de 19% é o segundo pior do campeonato, inferior somente ao da Portuguesa. A Lusa compensa a fragilidade longe de casa com um ótimo desempenho como mandante, condição em que chegou a vencer seis partidas consecutivas. Algo que Criciúma, Vasco, São Paulo e Ponte não conseguem repetir em seus estádios. Pior anfitrião que o quarteto, somente o lanterna Náutico.

A melhora para o jogo com a Macaca terá de ser alcançada com muito mais conversa do que treinamento. O intervalo de 98 horas entre as partidas em Salvador e Campinas será o maior desde a chegada de Péricles Chamusca, na antevéspera da derrota para o Flamengo.

"As palestras têm sido uma das formas de trabalho que a gente está usando para passar algumas situações. Não é o ideal, perde um pouquinho de qualidade coletiva principalmente quando tem de mudar de um jogo para outro. Para a Ponte pelo menos a gente consegue fazer um treino tático", disse o técnico Péricles Chamusca.

O treinador terá de esperar pelo aval do departamento médico para saber se poderá contar com Alex, vetado contra os baianos por causa de uma lesão no tornozelo esquerdo. Os erros da defesa e do ataque no Barradão, aliados a uma avaliação do adversário, vão determinar se haverá mudanças por aspectos técnicos e táticos.