O Santos ainda sonha com a possibilidade de ir à Libertadores e, nesta quinta-feira (14), mostrou o futebol que ficou devendo nas últimas partidas. Pela 34.ª rodada do Brasileirão, fez 3 a 0 no Bahia , no Pacaembu, e se recuperou da sequência de três partidas sem vitória. Após Montillo abrir o placar, Cícero marcou duas vezes diante de um adversário que só fez alguma coisa no primeiro tempo e acabou entrando na zona de rebaixamento.
Longe da briga contra a degola, o Peixe chegou a 48 pontos, no nono lugar, à frente do Corinthians pelo saldo de gols. Torcendo pelo título do Atlético na Copa do Brasil, o que transformaria o G4 - grupo de classificados para a Libertadores - em G5, vê o Botafogo, quinto colocado, seis pontos à frente. Também precisa que um time brasileiro não ganhe a Sul-Americana, o que tiraria uma das vagas via Brasileiro - São Paulo e Ponte Preta fazem uma das semifinais da competição continental. No domingo, tem jogo decisivo com o sexto colocado Vitória (51 pontos), em Salvador.
O Bahia, que não vence há sete rodadas e vinha de três empates, parou nos 39 pontos. Na próxima rodada, porém, tem ótima chance de pontuar ao enfrentar o lanterna Náutico, em Pernambuco.
O jogo
Assim como nos jogos de quarta-feira, Santos e Bahia também entraram em campo nesta quinta com uma faixa "Por um futebol melhor para todos", do movimento Bom Senso FC. Evitando punição do árbitro, que não concedeu minuto de silêncio, assim como havia sido em São Paulo x Flamengo, os dois times trocaram bola de braços cruzados, em forma de protesto contra o calendário. Diferente do jogo em Itu, porém, a ação durou apenas 30 segundos.
Quando o jogo começou de verdade, a nova dupla de ataque do Bahia tentou mostrar serviço. Insatisfeito com Barbio e Fernandão, o técnico Cristóvão Borges escalou Wallyson e Obina e viu seu time criar boas chances, principalmente com o segundo, que cabeceou duas vezes por cima do gol.
Perigoso nos contra-ataques, o time baiano teve ótima oportunidade de abrir o placar quando Wallyson ficou no mano a mano com Gustavo Henrique após falha de Edu Dracena e rolou para Obina. O centroavante chutou bem, mas o goleiro Aranha foi melhor ainda e pegou no contrapé.
À medida que a torcida superava a trânsito paulistano e chegava ao Pacaembu, o Santos crescia. Aos 30 minutos, Geuvânio arriscou de longe e Marcelo Lomba se esticou todo para desviar com a ponta dos dedos. Até então apagado, Montillo resolveu aos 37. Recebeu de Emerson, que havia recuperado a bola e feito boa jogada pela esquerda, invadiu a área passando por um zagueiro e bateu cruzado, sem chances de defesa para Marcelo Lomba.
Quem esperava o Bahia em busca do empate viu o Santos fazendo por merecer ampliar o placar logo na volta do intervalo. Foram três grandes chances, com Cícero, Geuvânio e Emerson antes do segundo gol. Aos 21 minutos, boa jogada de Thiago Ribeiro pela direita. O atacante cruzou com perfeição para Cícero, livre, cabecear para o gol vazio.
Thiago também foi decisivo no terceiro. Roubou a bola pela direita, recebeu de volta e deu lindo lançamento para Montillo, passando nas costas da zaga. O argentino escorou e Cícero fez o segundo dele, terceiro do Santos, fechando o placar.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 3 X 0 BAHIA
SANTOS - Aranha; Bruno Peres, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Emerson; Alison (Alan Santos), Arouca (Renato Abreu), Cícero e Montillo (Marcos Assunção); Geuvânio e Thiago Ribeiro. Técnico - Claudinei Oliveira.
BAHIA - Marcelo Lomba; Fabricio Lusa (Madson), Demerson, Titi e Raul; Fahel (Souza), Rafael Miranda, Hélder e Marquinhos Gabriel (Anderson Talisca); Wallyson e Obina. Técnico - Cristóvão Borges.
GOL - Montillo, aos 37 minutos do primeiro tempo; Cícero, aos 21 e aos 26 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Felipe Gomes da Silva (PR).
CARTÃO AMARELO - Hélder.
RENDA - R$ 133.102,00.
PÚBLICO - 13.597 pagantes.
LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
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