Foi uma longa e infrutífera temporada que chega ao fim neste domingo (8). Sem títulos ou algo a se comemorar, o São Paulo entra em campo no estádio Novelli Júnior, em Itu (SP), às 17 horas, contra o Coritiba, pela 38.ª e última rodada do Campeonato Brasileiro com ares de protagonista apenas por poder definir os rumos do rebaixamento. Se vencer, pode rebaixar os paranaenses, mas uma derrota decreta a queda do Fluminense à Série B nacional.
Não é o desfecho que a torcida esperava após um ano que começou repleto de expectativas após a conquista da Copa Sul-Americana no fim de 2012, mas dadas as circunstâncias, terminar no meio da tabela de classificação é voar em céu de brigadeiro para uma equipe que ficou afundada nas últimas posições por 10 rodadas e via as cores sombrias da queda pintarem o horizonte. Sem grandes aspirações, o time volta à luz dos holofotes e terá atenção de grande parte do país.
É justamente o fato de poder decidir o campeonato que faz o São Paulo esquecer o clima de amistoso e se apresentar com força máxima ao duelo. Muricy Ramalho desistiu da ideia de escalar os reservas para fazer testes de olho no ano que vem e vai escalar o que tiver de melhor para se despedir com dignidade. "Sei da minha responsabilidade nesse jogo e vamos jogar sem pensar quem nosso resultado pode beneficiar", assegurou o treinador.
O discurso de Muricy Ramalho é replicado pelos comandados, que ignoram a situação do Coritiba e prometem uma atuação como se estivessem disputando as primeiras posições. "Não tenho amigos no Coritiba (risos). Nós respeitamos e sabemos as dificuldades de uma equipe que está brigando para não cair até porque vínhamos sofrendo com isso. Quando entrarmos em campo, vamos respeitar nossa camisa, o clube e a torcida para fazer a melhor partida", disse o zagueiro Antonio Carlos.
O técnico não poderá contar com Maicon e Wellington para armar a equipe - ambos cumprem suspensão por causa do terceiro cartão amarelo recebido contra o Criciúma. O treinador pode tanto avançar Rodrigo Caio para o meio para formar o setor ao lado de Denilson - o que abriria uma vaga na zaga - como também dar nova oportunidade a João Schmidt.
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