O São Paulo foi derrotado nesta quarta-feira pelo Internacional, em partida adiantada da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, e agravou ainda mais a crise no Morumbi. Foi a oitava derrota seguida, resultado de 1 a 0, em pleno Morumbi. Contando também a derrota em amistoso para o Flamengo, já são 11 jogos sem vitória. No Morumbi, são seis derrotas seguidas. Todas essas séries são recordes negativos na história tricolor.
Para o Internacional, a situação é inversa. Ainda sem ter estreado Alex e Scocco, dois dos mais caros reforços contratados pelos times brasileiros nesta janela de transferências internacionais, o clube lidera o Brasileirão com quatro vitórias seguidas. Com 18 pontos, tem dois a mais que Botafogo e Coritiba. Mas também atuou uma vez a mais. No domingo, visita o lanterna Náutico pela nona rodada.
Para o São Paulo, o cenário é ainda pior porque, dos 10 jogos que fez até aqui, seis foram no Morumbi. A equipe viaja para a Europa, enfrenta Bayern de Munique, Benfica e mais um adversário (Manchester City ou Milan) e depois joga contra o Kashima Antlers, no Japão, pela Copa Suruga. Antes disso, ainda faz mais um clássico contra o Corinthians, domingo, no Pacaembu. Como tem apenas oito pontos em 10 jogos, mesmo que vença o arquirrival, tem tudo para estar na zona de rebaixamento quando voltar de viagem.
O jogo
A fase do São Paulo é tão ruim que Douglas, jogador que não se cansa de irritar a torcida, foi escalado como titular da lateral esquerda. Clemente Rodríguez foi vetado por questões físicas e Juan por deficiência técnica mesmo. Paulo Miranda, voltando de lesão, foi improvisado na lateral direita.
Tinha tudo para dar errado, mas por alguns minutos a escolha pareceu não ser tão ruim assim. Por 10 minutos o São Paulo jogou se não bem, pelo menos melhor do que de costume. E foi exatamente Douglas, num chute de longe, que levou mais perigo.
Mas aí veio um daqueles lances que só acontecem contra quem está em má fase. Leandro Damião ganhou de Rodrigo Caio e chutou mascado, fraco, de fora da área. Rogério Ceni não se mexeu e ficou assistindo a bola entrar no seu canto direito rasteiro. Mais uma falha na conta do capitão.
Como tem sido desde a eliminação na Libertadores, ainda no começo de maio, o São Paulo não teve o menor ânimo para reagir. O Inter aproveitou e mandou no jogo. Só não goleou no primeiro tempo porque não quis. As chances surgiam de todos os lados, graças a erros dos mais diversos são-paulinos.
Lúcio só não fez contra porque Rogério se redimiu, Willians acertou a trave, Forlán mandou dois chutes por cima, Damião cabeceou mal um cruzamento certeiro e D'Alessandro mandou raspando a trave, num chute cruzado. Parecia que era o Inter o dono da casa, tamanha a facilidade com que chegava na área.
Para o segundo tempo, o São Paulo voltou com Aloísio no lugar de Osvaldo. E conseguiu reagir. Logo aos 5 minutos, o centroavante deu passe açucarado para Jadson. O meia ficou cara a cara com Muriel, driblou o goleiro, mas tropeçou na hora do chute, perdendo chance incrível.
O São Paulo só não pode reclamar tanto porque, pouco depois, Damião também perdeu gol fácil, na pequena área. No minuto anterior, aos 10, Luis Fabiano havia sentido lesão muscular e dado lugar a Ademilson.
Jogador mais raçudo do time, Aloísio impediu um vexame maior. Pelo menos se esforçou para tentar o empate. Aos 18, cabeceou uma bola com perigo, rente à trave esquerda. Aos 24, recebeu nas costas da zaga e chutou para a defesa de Muriel. Também tentou simular um pênalti, mas o árbitro não caiu na dele e lhe deu cartão amarelo. Como foi o terceiro dele, não joga o clássico.
Num raro momento que empolgou os pouco mais de 6 mil torcedores (a maioria são-paulinos) que encararam frio e chuva para ir ao Morumbi sofrer, Rogério Ceni foi ao ataque para bater falta na área. Ademilson mergulhou de peixinho, mas não alcançou.
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