Mesmo sem entrar em campo, sem ter jogadores, torcedores e camisa oficial, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) lucrou aproximadamente R$ 405 mil até aqui com o Campeonato Brasileiro. Por força de regulamento, toda vez que Atlético, Coritiba, Paraná, Londrina, Operário e Foz (séries A, B, C e D) entram em campo no estado, a entidade sai com dinheiro no bolso – independente se a partida der prejuízo ou não. A arrecadação é fruto de uma taxa de 5% que incide sobre o valor das rendas brutas das partidas, destinadas à federação.
O valor amealhado pela FPF é maior do que toda a verba oriunda de bilheterias do Paraná (Série B), Londrina (Série C), Operário e Foz do Iguaçu (Série D) juntos. No total, essas quatro agremiações arrecadaram R$ 239.571,40.
INFOGRÁFICO: Veja quanto a FPF leva de cada clube que entra em campo
O Atlético teve renda líquida de R$ 2.107.294,87 nos dez jogos que disputou na Arena no primeiro turno e repassou à FPF um total de R$ 224.955,75. O valor é superior ao obtido pelo Paraná durante todo o primeiro turno da Série B: R$ 144.526,65. Em dez jogos na Vila Capanema na Segundona, o Tricolor depositou nos cofres da Federação R$ 35.152,25.
Pelo lado do Coritiba o faturamento foi menor. O lucro líquido foi de R$ 459.657,17 em nove jogos no Couto Pereira, com R$ 135.100 mil repassados à FPF. Londrina, Operário e Foz do Iguaçu repassaram ao todo R$ 12.409,40 e arrecadaram juntos R$ 95.044.75.
O montante repassado causa insatisfação nos clubes, cada vez mais rompidos com a FPF e dispostas a criar uma liga regional com Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
De acordo com o Coritiba, em nota enviada à Gazeta do Povo, o clube diz cumprir com as obrigações previstas no arbitral financeiro dos campeonatos. “Trata-se de uma quantia considerável que deixa de entrar para o clube. Em função da reestruturação financeira que o clube assumiu, entende-se como uma quantia importante em seu caixa”, defende o Coxa em nota.
Para Luiz Carlos Casagrande, presidente do Paraná, não há muito problema em repassar um percentual para a Federação, desde que ele seja descontado da renda líquida. “Faz parte do regulamento, mas seria ótimo se fosse da renda líquida, pois assim perderíamos menos dinheiro e poderíamos investir mais no clube”, argumenta.
O dirigente paranista afirma que tem tentado encontrar uma alternativa para sugerir mudanças à Federação, sem, no entanto, entrar em conflito. “Não queremos criar confusão, mas essa taxa nos tira um dinheiro importante do borderô. Estamos trabalhando para reduzir os custos do clube e revisar essa taxa seria importantíssimo”, afirma Casagrande.
Procurado pela reportagem, o Atlético optou por não se pronunciar sobre o caso.
A FPF se defende alegando que os valores são revertidos em benefícios aos filiados. A Federação banca as taxas de arbitragens das três divisões do Campeonato Estadual e também custeia, por intermédio de reembolso, as taxas de arbitragem pagas pelo Paraná, Londrina, Operário e Foz do Iguaçu.
Na nota enviada à Gazeta, a entidade afirma ainda que está bancando, com investimento de R$ 500 mil, as transmissões de TV das partidas da Taça FPF, com jogadores sub-23, que beneficiaria todos os nove clubes que disputam o torneio.
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