Seria ideal para o torcedor que o São Paulo conseguisse unir o útil ao agradável neste sábado (2) contra o Criciúma e vencesse com um futebol vistoso e eficiente, mas a urgência por um resultado faz com que a qualidade técnica fique em segundo plano. Com duas derrotas seguidas no Brasileirão, o time do técnico Muricy Ramalho precisa vencer a qualquer custo, a partir das 18h30, para não ver até mesmo a briga pelo G4 ficar distante. Para piorar, Kaká não se recuperou de dores na panturrilha direita e está fora do que seria sua reestreia no Morumbi.
Havia esperança de que Kaká tivesse condições de jogo, mas as dores não sumiram e ele foi vetado, frustrando milhares de torcedores são-paulinos que iriam ao jogo deste sábado principalmente para vê-lo de perto. "Tínhamos a ideia de utilizá-lo, mas existe uma chance de agravar a lesão se ele jogar", explicou Muricy.
As derrotas para Chapecoense e Goiás nas duas últimas rodadas fizeram o time cair para a oitava posição e ficar a nove pontos do líder Cruzeiro. Com 19 pontos, o São Paulo já está a três do Inter, que é o quarto colocado. Por isso, qualquer coisa que não seja uma vitória neste sábado fará a temperatura começar a subir no Morumbi.
O maior problema é que o São Paulo não deu sinal de melhoras após a intertemporada e, salvo a partida contra o Bahia, fez exibições fracas. A vitória sobre o Bragantino, quarta-feira (30), pela Copa do Brasil, não foi suficiente para acabar com as dúvidas sobre o real potencial da equipe, com atletas de prestígio que até agora não conseguiram corresponder às expectativas.
Mais desfalques
O atacante Osvaldo e o zagueiro Antonio Carlos também continuam fora - o primeiro tem um trauma no quadril, enquanto o segundo continua com dores na panturrilha esquerda. A expectativa, portanto, recai sobre Alexandre Pato, que foi bem contra o Bragantino e formará a dupla de ataque titular com Alan Kardec, que volta após ficar fora na Copa do Brasil por já ter defendido o Palmeiras na competição.
Para o time melhorar, Muricy cobra mais objetividade no ataque. "O goleiro adversário tem de trabalhar mais. Esse negócio de posse de bola é bonito, mas não adianta nada se não chuta no gol", criticou o treinador. A tendência, então, é abandonar definitivamente a formação com três atacantes. "Nos últimos jogos nos marcaram facilmente, quem sabe agora a gente não muda."
A esperança do treinador é que o time catarinense adote uma postura menos defensiva em relação aos últimos adversários e, dessa forma, deem mais espaço para o São Paulo jogar. "Antes, a moda era ter posse de bola, agora parece que a moda é ter intensidade. Cada hora é uma coisa", reclamou Muricy.
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