Festa do título tem duas mortes
A onda azul que tomou conta de Belo Horizonte para comemorar o título brasileiro do Cruzeiro (foto) foi manchada pela violência e atos de vandalismo na madrugada de ontem. O professor Edimar Lourenço, de 36 anos, foi assassinado em uma confusão de torcedores na região metropolitana da capital mineira e o adolescente Robson Almeida Alves, 16, morreu ao cair da carroceria de uma caminhonete e bater a cabeça. Ao todo, 15 pessoas foram presas por depredação de lojas, tentativa de furto e confronto com os policiais, que precisaram usar bombas de gás lacrimogêneo.
Por trás da irrepreensível campanha que levou o Cruzeiro ao título brasileiro, sacramentado quarta-feira com o triunfo por 3 a 1 sobre o Vitória, há um paranista apaixonado. É Ageu Gonçalves, auxiliar de Marcelo Oliveira desde 2012 e jogador que mais vestiu a camisa na história tricolor foram 354 jogos, quatro títulos estaduais e uma Série B.
Ex-zagueiro que ficou marcado pela raça, Ageu falou ontem com a Gazeta do Povo, por telefone, em meio às comemorações em Belo Horizonte pela conquista nacional, o terceiro troféu da Raposa, considerando a Taça Brasil de 1966.
"É uma sensação única. Como atleta fui campeão da Série B e agora, como membro de uma comissão técnica, conquistei o título da Série A", comemora Ageu, citando o título do módulo amarelo da Copa João Havelange de 2000.
Ageu explica os motivos que levaram o Cruzeiro a ser campeão com quatro rodadas de antecedência tem também o melhor ataque da competição, com 72 gols. "A diretoria trouxe bons jogadores com o aval do Marcelo [Oliveira], a estrutura e o ambiente do clube são bons, além da qualidade dos jogadores e da obediência tática deles, que entenderam como o treinador queria jogar", ressalta ele, que reforça a parceria com o treinador para o projeto Libertadores 2014. "Vamos permanecer juntos, essa parceira está fortalecida", acrescenta.
Apesar de decepções recentes deixou o Paraná em 2012, após a contratação de Ricardinho, por um pedido do ex-técnico, Ageu não esconde o carinho pelo Tricolor. "Do Paraná eu só tenho a agradecer, foi o time que me deu várias oportunidades, onde eu conheci o Marcelo [em 2010]", revela, emendando uma explicação para a campanha irregular do clube na Segunda Divisão. "O Paraná falhou em casa, mas estou na torcida. Tomara que no ano que vem consiga voltar à Primeira Divisão."
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