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Dois torcedores do Grêmio ouvidos nesta terça-feira pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul negaram ter participado das provocações e ofensas racistas ao goleiro Aranha, do Santos, na quinta-feira passada, durante partida válida pela Copa do Brasil.

O estudante Tiago de Oliveira, 23 anos, disse que não estava no setor do estádio de onde partiram os gritos de "macaco" e imitações de gritos do animal, levantando a hipótese de ter sido confundido com alguém parecido. Depois, em sua conta no Facebook considerou a convocação para prestar depoimento como "a coisa mais injusta" que ocorreu em sua vida e reiterou que sempre que vai à Arena Grêmio fica em outra área, no quarto andar.

Outro torcedor, Rodrigo Rychter, de 19 anos, admitiu que estava entre os torcedores da chamada "Geral", mas disse que não participou das ofensas. A polícia vai confrontar os depoimentos com as imagens captadas pelas câmeras de segurança do estádio para verificar as alegações dos dois torcedores.

O depoimento de Patrícia Moreira, flagrada por uma câmera gritando a palavra "macaco" está previsto para quinta-feira. Ela está fora de casa, assustada com a repercussão do caso, após perder o emprego e ter a casa apedrejada por causa da imagem.

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