Uma coisa (menos) importante

"Das coisas menos importantes da vida, o futebol é a mais importante." A frase, de autor desconhecido, tem sido difundida pelo jornalista Geneton Moraes Neto, torcedor do Sport Recife. Além de citá-la em alguns artigos, ele até a utilizou para ilustrar um de seus livros — Dossiê 50 – Os Onze Jogadores Revelam os Segredos da Maior Tragédia do Futebol Brasileiro (Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2000). Faz sentido.

Pode parecer exagero. Mas para quem vê um fundo de verdade na afirmação, fica bem fácil dizer que neste fim de semana inicia-se algo (talvez) supérfluo, mas com a façanha de monopolizar as noites de sábado e as tardes de domingo – para ficar nos períodos mais sagrados. Até 6 de dezembro, data da última rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, vai ser assim.

O Nacional deste ano facilita tal raciocínio. Nenhuma mudança no regulamento, a mesma fórmula de disputa dos últimos seis anos, a certeza de que vencerá o melhor.

São 20 clubes, quatro vagas na Libertadores, oito para a Copa Sul-Americana e mais quatro agonizando com a tragédia do rebaixamento. Aliás, a queda para a Série B combina com a frase disseminada por Geneton — vide a tentativa de suicídio de um torcedor do Vasco em 2008.

Com a certeza de que essa escala de importâncias está de fato exata, a Gazeta do Povo faz sua parte com a publicação desse guia especial do Brasileirão. O jornal traz todos os detalhes da principal competição de clubes do país – com ênfase para os clubes paranaenses. São 24 páginas, sete delas destinadas à Segunda Divisão.

Divirta-se, pois – a partir de hoje — o futebol vai estar ainda mais entre as prioridades do dia a dia.