Muricy Ramalho foi oficialmente apresentado, no início da tarde desta terça (10), no CT da Barra Funda, como o novo técnico do São Paulo. De volta ao clube onde foi criado como jogador e teve passagem vitoriosa como auxiliar de Telê Santana na década de 1990, antes de virar o treinador tricampeão brasileiro entre 2006 e 2008, o comandante chegou ao time com um discurso otimista.
Substituto de Paulo Autuori, Muricy elogiou o trabalho realizado pelo seu antecessor no cargo, e garantiu não temer arranhar a sua história vitoriosa no clube com um possível rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. Ele iniciará nova trajetória no Morumbi com o time iniciando o segundo turno da competição na 18.ª posição da tabela.
"Não pode ter medo, tem que trabalhar. Achei que poderia contribuir, por isso aceitei [o convite]. Senão poderia ter ido para o Catar, pois estavam me convidando. Claro que o São Paulo passa por um mal momento, mas podemos reverter isso e fazer um planejamento para o próximo ano. Estou voltando num momento difícil, mas vamos sair dessa ", disse Muricy.
Para Muricy, o seu primeiro trabalho no São Paulo será recuperar a confiança do elenco, abalada pela série de resultados negativos no Brasileiro. "O que mais preocupa é a insegurança de todos, especialmente dos atletas. Não posso me preocupar agora com todos os problemas, preciso me preocupar com a quinta-feira [jogo com a Ponte Preta]. Tem que ser pouco a pouco", comentou.
Rogério Ceni
O técnico ainda fez elogios a Rogério Ceni e deu a entender que o goleiro seguirá como batedor de pênaltis do time, mesmo que tenha desperdiçado as últimas três cobranças, e garantiu que o ídolo são-paulino está em grande fase embaixo das traves.
"Uma coisa muito importante no futebol é o treinamento. Preciso ver como ele está, se estiver bem vai bater. Vi o jogo do São Paulo nesse fim de semana, estou vendo as cobranças, vou falar com ele. Mas só se fala nos pênaltis e falta, mas ninguém olha o que ele está agarrando de bola, que é a função dele", disse.
Muricy também declarou que há muito folclore em relação ao poder de Rogério Ceni no São Paulo e avaliou o goleiro como uma boa influência.
"Conheço o Rogério desde garoto, fui o primeiro treinador que ele fez gol de falta e conheço a personalidade dele. É muito profissional e não é ídolo por acaso, mas há muito exagero nessa questão de dizer que ele tem muita influência no São Paulo, que ele resolve as coisas", afirmou.