Ir longe na Libertadores pode custar caro ao Atlético-MG na disputa pelo título brasileiro. Nesta quarta-feira, o time de Ronaldinho Gaúcho sentiu a ausência de cinco desfalques e da falta de foco no nacional e acabou derrotado fora de casa pelo Santos, por 1 a 0, indo para a pausa da Copa das Confederações na zona de rebaixamento.

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Pelo lado santista, a vitória é a primeira do time desde as saídas de Muricy Ramalho e Neymar - e também a primeira em pouco mais de um mês. Ela veio num gol de Cícero, graças a uma falha de Victor, logo aos 3 minutos de partida. Com os três pontos, o time santista foi a cinco, no 15º lugar. O Atlético é o 17º, com quatro. Os dois só voltam a jogar pelo Brasileirão em 6 de julho.

O jogo

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Os primeiros minutos já indicavam uma partida cheia de erros de passe. Até Arouca fez feio, chutando o chão e tropeçando na bola. Foi numa sequência de erros que o Santos abriu o placar. Willian José foi lançado, errou a tentativa de drible sobre Victor e teve que voltar toda a jogada. A bola rodou mais um pouco e chegou para a batida de Cícero da entrada da área. Victor foi mal e aceitou.

"Campo molhado, a bola está rápida, desviou no Rafael (Marques), e eu não consegui voltar a tempo", justificou Victor, no intervalo.

Praticamente no lance seguinte o Atlético-MG balançou as redes, com Alecsandro, mas a jogada estava parada por impedimento. O mesmo aconteceu mais tarde, aos 37, com Richarlyson. Em ambos os lances o árbitro acertou na marcação.

Sem Réver, Bernard e Jô, todos na seleção, além de Diego Tardelli e Leonardo Silva, suspensos, o Atlético tinha Michel na lateral direita e Marcos Rocha como meia. A formação não funcionou. Atrás no placar, o time mineiro tentou jogar no campo de ataque, mas parou na ineficiência da armação. No intervalo, Neto Berola substituiu Michel. Antes, Pierre saiu com dores na virilha esquerda, dando lugar a Josué.

O Santos, mesmo jogando em casa, apostava nos contra-ataques. Na primeira etapa, deu trabalho a Victor duas vezes: num cabeceio de Neilton, que o goleiro pegou muito bem, no reflexo, e num chute de Leandrinho, de longe.

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Na volta do intervalo a partida mudou pouco. O Atlético tinha mais posse de bola, enquanto o Santos tentava jogar no erro adversário. O problema é que mesmo quando conseguia recuperar a bola, não produzia. Além disso, as saídas de Galhardo e Léo, por lesão, deixaram o Santos sem lateral de origem e sem jogadas pelas pontas.

O jogo só teve mais dois momentos de emoção: numa matada de bola errada de Renê Júnior, que quase fez gol contra, e numa falta de Marcos Rocha em Léo Cittadini, para matar um contra-ataque, que causou a expulsão do lateral. Com o Atlético jogando com um a menos, a partida ficou equilibrada, sem chances de gol até o apito final.