| Foto: Gazeta do Povo

Sem vencer um título desde o Paranaense de 2009, o Atlético sofre com a pressão por quebrar a escrita e voltar a comemorar. A carga emocional sobre os atleticanos deve ser grande; do outro lado, o Coritiba vem embalado e confiante por acumular quatro conquistas consecutivas sobre o rival. Já projetando a sequência da temporada, será que a eventual conquista do título pode acabar influenciando na montagem para o Brasileiro?

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Confira a opinião dos colunistas da Gazeta do Povo Adriano Ribeiro, Carneiro Neto e Luiz Augusto Xavier sobre a pressão para a conquista atleticana e sobre o impacto do Atletiba decisivo para a Série A.

O fantasma de acumular mais um vice-campeonato pode atrapalhar o Atlético?

Adriano Ribeiro

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A pressão sobre o Atlético é bem maior na final. Há o tetravice recente no Estadual para o Coxa (2010 a 2013), o jejum de títulos de sete anos, a decepção na Primeira Liga. Esse peso vai chegar aos jogadores, não tem jeito. É preciso ter maturidade para transformar isso em motivação extra, principalmente para o primeiro jogo. O Atlético precisa abrir vantagem na Arena. Existe essa obrigação.

Carneiro Neto

Não, acho que não terá reflexo. Cada decisão é uma decisão. Assim como o Atlético já passou anos vencendo, mais do que perdendo, agora a balança está invertida. Cada jogo é único, cada final tem sua história, são outros jogadores, outros treinadores, enfim, cenários completamente diferentes. Não tem qualquer resquício, resíduo de decisões passadas. Essa lembrança só fica para o torcedor. Esse sim guarda as lembranças.

Luiz Augusto Xavier

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A tensão para o Atlético é maior, porque é um peso. Mexe bastante com a cabeça, principalmente com a dos jogadores e torcedores do Atlético, que não tem conseguido ultrapassar essa barreira. Essa responsabilidade é o que mais pesa.

Tanto para Coritiba quanto para Atlético, o título estadual pode mascarar falhas para o Brasileiro?

Adriano Ribeiro

Já ficou claro que o Estadual não pode servir como referência aos times para o restante da temporada. No Brasileirão do ano passado, por exemplo, três das quatro equipes rebaixadas foram campeãs estaduais: Vasco, Goiás e Joinville (perdeu o título na Justiça, mas ganhou em campo). Isso deveria estar muito claro na cabeça dos dirigentes. Atlético e, principalmente, o Coritiba devem se reforçar para o Brasileiro.

Carneiro Neto

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Acredito que não deve ter muita influência na montagem dos elencos. Os dois precisam ter consciência do baixo nível técnico do nosso futebol, principalmente nesse momento. Será uma grande ilusão acreditar que o Paranaense é base para o Brasileirão. É só ver o Atlético, que esses dias perdeu para o Fluminense, que é um time horroroso. Precisa contratar, reforçar, porque os dois estão muito fracos em relação ao nível nacional. Se continuarem com esses elencos, será um campeonato com mais do mesmo que estamos experimentando nos últimos anos: os dois brigarão pelo grupo intermediário da tabela, para tentar fugir da zona de desespero.

Luiz Augusto Xavier

Depende do entusiasmo. Se dirigentes e comissão técnica dos clubes reagirem como torcedores, pode ser que isso aconteça. De qualquer forma pode ser um estímulo também, para sentir que o elenco está a meio caminho de um time bom para o Brasileiro. Não dá para se iludir, mas pelo que vejo dos outros, dá para ficar no bloco intermediário da disputa da Série A, ficar no meio da tabela.