Reunidos na noite desta terça-feira (29) no hotel Bourbon, cerca de 30 clubes da primeira, da segunda e da terceira divisão do Paranaense deram o pontapé inicial para a criação da Liga Paranaense. A primeira liga estadual do país pode inclusive organizar os campeonatos se encontrar uma brecha jurídica que permita aos clubes não serem desfiliados pela Federação Paranaense de Futebol (FPF).
O problema é que o estatuto da FPF exige que os associados disputem uma competição profissional e outra de base organizada por ela. Ou seja, se a liga organizar um novo Paranaense a partir de 2017, os clubes terão de disputar dois estaduais ou podem ser desfiliados, o que impediria a participação no Brasileiro ou na Copa do Brasil.
Na reunião que foi comandada pelo presidente do Atlético , Luiz Sallim Emed; pelo presidente do Coritiba , Rogério Bacellar; e por Ricardo Gomyde, ex-candidato a presidente da FPF, os clubes autorizaram que seja criada uma comissão para estudar juridicamente a viabilização da liga e que convoque uma reunião futura para a efetiva fundação da nova associação.
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“Os clubes disseram que se for bom financeiramente não há nenhum problema. O nosso problema específico é a disparidade de dinheiro entre os clubes”, relatou Arif Osman, presidente do Foz.
“Nós vamos discutir internamente, mas está tudo muito no começo ainda”, resumiu o presidente do J. Malucelli, Juarez Malucelli. Mesmo que não organize o campeonato, a liga pode ser importante na busca de novos patrocínios.
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Já o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, preferiu focar mais na união dos times. “Não digo que é um primeiro passo para uma liga, mas um primeiro passo para fortalecer os clubes”, afirmou na saída do Bourbon.
“O problema de todos os clubes é calendário e dinheiro. Todos querem melhorar isso”, afirmou Bacellar, admitindo que esse é um processo ainda em construção. “Todo mundo pensou que chegaríamos aqui com um prato pronto e não foi assim. A ideia é que se discuta novos formatos e projetos”, acrescentou.
A aprovação das contas da Federação, que será votada nessa quarta-feira (30), não foi discutida.