Reginaldo Vital está há um ano e meio no PSTC.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A classificação do PSTC às semifinais do Paranaense marca a ascensão de Reginaldo Vital como treinador. Ex-jogador de Paraná, Atlético e Coritiba, reconhecido pelo talento em campo e o histórico ruim fora dele, aos 40 anos o paranaense de Jacarezinho dirige o primeiro time da nova carreira.

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Há um ano e meio à frente do clube, Vital foi campeão com o PSTC da Divisão de Acesso do Paranaense em 2015. E logo na primeira vez na elite, chega entre os quatro melhores, após eliminar o J. Malucelli. Na semi, enfrenta o Coritiba – o primeiro duelo será em Cornélio Procópio, no sábado (16), às 18h30.

“Estou gostando muito dessa profissão. É diferente de ser atleta, a responsabilidade é outra. Você precisa liderar um grupo grande de pessoas. E o treinador é ao mesmo tempo pai e irmão dos jogadores. Estou aprendendo muito também com a nova carreira”, diz Vital.

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Revelado pelo PSTC, Vital despontou no Paraná, em 1997. Permaneceu na Vila Capanema até 1999 e partiu para o Gamba Osaka, do Japão. Voltou ao Brasil em 2002, para jogar no Atlético. Defendeu ainda a Ponte Preta, Consadole Sapporo-JAP e incluiu também o Coritiba no currículo, em 2004.

Durante todo o período, sofreu com lesões, lutou contra o excesso de peso e, costumeiramente, foi atraído pela vida noturna. O resultado foi que antes mesmo de completar 30 anos, já estava em ritmo de fim de carreira. Em abril de 2006, deixou o Joinville e não conseguiu voltar mais aos campos.

“Foram situações que eu vivi, de empolgação como jogador, de ter tudo, carro novo, apartamento, sucesso. Errei e acertei. E trago toda essa bagagem para a minha nova vida de treinador. É uma experiência que me ajuda a conversar com os atletas”, analisa Vital.

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Entre os ensinamentos da vida e da bola, o técnico ganhou mais um no confronto de quartas de final com o Jotinha. O PSTC largou perdendo por 3 a 0, dentro de casa. E quando parecia fora, venceu o adversário pelo mesmo placar em Curitiba e conquistou a vaga nos pênaltis.

“Foi uma lição, sem dúvida. Mostra, mais uma vez, que no futebol tudo é possível. Nós tivemos a tranquilidade necessária para reverter uma situação muito complicada e temos a consciência de que a nossa missão não se encerrou. Queremos seguir em frente, respeitando o Coritiba, é claro”, comenta.