O Paranaense volta ao campo no próximo domingo (9) desvalorizado pelas confusões geradas nos tribunais. No momento em que a empolgação com a possibilidade de chegar às semifinais deveria prevalecer, o que se viu foram discussões sobre a eliminação do J. Malucelli, questionamentos sobre a tabela e a surpreendente quebra de regulamento imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
“Toda bagunça atrapalha um campeonato. Atrapalha a credibilidade; o torcedor e a imprensa começam a falar mal. O negócio fica prejudicado”, analisa Erich Beting, consultor em marketing esportivo.
“Acaba-se perdendo a chance de fazer negócio porque a impressão que começa a ficar é que é uma bagunça. Ninguém quer associar a marca, o campeonato perde o valor. Para este ano não interfere, mas com certeza para 2018 vai dar mais trabalho para convencer alguém a investir”, acrescenta Beting.
Com a decisão do STJD de que o Rio Branco, oitavo colocado na primeira fase após a punição do Jotinha, deveria enfrentar o Londrina, o quarto, uma enxurrada de reclamações tomou conta de vários clubes. O Cascavel decidiu recorrer ao mesmo tribunal pedindo a suspensão do campeonato. O tribunal, no entanto, negou a liminar na noite de sexta-feira (7).
O Paraná, líder da primeira fase, também entrou com um pedido no STJD para que tenha o direito de enfrentar Rio Branco mesmo após o confronto com o Furacão.
“O regulamento foi rasgado e nossos direitos foram desrespeitados”, reclamou o presidente paranista Leonardo Oliveira, em entrevista à Rádio Transamérica, admitindo que toda a confusão desvaloriza a competição. “Nos prejudica no cenário nacional, é muito ruim para todos que amam o futebol paranaense”, acrescentou.
As lamentações não vieram só do Tricolor. Pelo Atlético, o técnico Paulo Autuori chegou a falar que ganhar o Estadual mancharia o currículo do vencedor. O zagueiro Paulo André usou o silêncio em entrevista coletiva como forma de crítica à atual situação.
No Coritiba, o diretor de futebol Alex Brasil já tinha lamentado a situação antes mesmo do início das quartas de final. Assim como o atacante Kléber, que criticou publicamente a “bagunça”.
O resultado disso é que o Coxa, por exemplo, que se preparava para enfrentar o Cascavel no sábado (8), só jogará na quarta-feira (12). No domingo (9), Paraná x Atlético e Cianorte x Prudentópolis decidem quem avança de fase, enquanto Rio Branco e Londrina fazem o primeiro jogo das quartas de final.
Isso tudo se nada mudar no tribunal de novo. Procurado para comentar a desvalorização do torneio, o presidente da Federação Paranaense, Hélio Cury, afirmou, via assessoria de imprensa, que participaria de assembleia da entidade e não poderia atender a reportagem.
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