Em reunião para acertar detalhes do esquema de segurança para o Atletiba, os incidentes ocorridos no estádio Joaquim Américo, nesta quarta-feira ( 26), antes da partida entre Atlético e Flamengo, foram tratadas pela Polícia Militar.
PM age com violência contra torcedores do Atlético para proteger ônibus do Flamengo, veja
Leia a matéria completa
De acordo com o major Arildo Dias Medeiros afirmou que a confusão na chegada da delegação do Flamengo à Arena da Baixada não vai acontecer novamente no próximo domingo (30), quando o Furacão encara o Coritiba pelo jogo de ida final do Paranaense. A declaração foi feita após a reunião no 13º Batalhão da Polícia Militar do Paraná na manhã desta quinta-feira (27),que contou com a presença da diretoria de Atlético e Coxa, representantes das torcidas organizadas e da URBS
“O que houve ontem não vai se repetir no evento de domingo. O que aconteceu foi um improviso porque se inverteu a chegada das delegações. A delegação do Flamengo chegou antes do ônibus do Atlético”, explicou o major Arildo Medeiros Dias, afirmando que um policial foi atingido com pedradas, assim como o ônibus da equipe carioca.
A PM nem sequer cogita a proibição da festa na chegada das delegações. “É um direito do torcedor. A manifestação é pública e é um apoio ao time, não temos como restringir isso. Nosso papel é garantir a segurança”, completou Medeiros.
Medidas para o Atletiba
No encontro de apresentação da “Operação Atletiba”, foram definidas algumas orientações para o clássico do final de semana, além da determinação que o ônibus do Atlético deverá chegar antes no estádio. A estimativa é que 35.000 pessoas compareçam à Arena da Baixada, sendo 4.300 torcedores do Coxa.
Haverá um bloqueio no entorno da Arena, para facilitar o acesso dos torcedores na área que se destina à torcida visitante. A esquina entre as ruas Petit Carneiro e Getúlio Vargas terá segurança reforçada, visto que é considerada como ‘ponto sensível’ na questão de confronto de torcedores. Além disso, foi definida também a escolta da PM à torcida do Coxa, que sairá às 13h30 da frente da loja da Império, localizada na frente do Couto Pereira.
Com isso, até às 13h, os terminais são para a movimentação da torcida do Coritiba. A partir das 13h30, quando a torcida organizada alviverde estará a caminho da Arena, é que as organizadas do Furacão devem transitar pelos terminais.
Depois do jogo, a torcida do time que sair vencedor do duelo, ficará aguardando para deixar as dependências do estádio. O motivo da decisão foi dar tempo para a comemoração do resultado pelos torcedores presentes, tendo em vista que é o jogo é uma final de campeonato e o maior clássico da capital.
Ao término da reunião, os dois lados ficaram satisfeitos com as medidas. “Foi bastante proveitosa, todo mundo pode expor suas opiniões. Houve um acordo entre os clubes e agora esperamos a boa vontade das autoridades para que tudo aconteça normalmente”, disse Juliano Rodrigues, representante da torcida organizada do Alviverde presente na reunião.
Gilmar Alves, representante de uma organizada do Rubro-Negro, também ficou satisfeito com o que ficou acordado. “Vamos passar o que foi decidido na reunião para que todos sigam as instruções do policiamento. Todo mundo ficou de acordo e, se Deus quiser, só vamos ter notícias boas na segunda, ainda mais com uma vitória do Furacão”, comentou.
Perda lastimável
Durante as conversas, foi lembrada a perda de Leonardo Henrique da Rocha Brandão no Atletiba que não aconteceu, no dia 19 de fevereiro. O torcedor alviverde, durante a escolta policial, foi atingido por um tiro no peito vindo da arma de um policial. Leonardo foi socorrido, mas não resistiu ao ferimento.
“Foi uma situação lamentável e eu tenho certeza que afetou muito mais a Polícia Militar do que a comunidade. Um policial é treinado arduamente pela questão do armamento e os fatos estão sendo apurados”, finalizou o major Medeiros.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião