Presidente e proprietário do J. Malucelli, Joel Malucelli criticou duramente a participação do advogado Paulo Schmidt no “Caso Getterson”, acusando-o de ter “resolvido o julgamento antes da audiência” e de tê-lo tornado “uma peça teatral”. Ex-procurador-geral do STJD, Schmidt representou o Toledo como um dos terceiros interessados no julgamento que resultou na perda de 16 pontos do Jotinha e o consequente rebaixamento da equipe para a Série B do Estadual.
“Ele [Paulo Schmidt] passou para o lado dos bandidos como advogado do Toledo. Foi ao Rio de Janeiro três dias antes, fez peregrinações com todos os auditores, todos seus amigos, e fecharam a questão para tornar o julgamento uma peça teatral, pois já estava tudo resolvido”, acusa.
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“O Paulo deveria ser dado por impedido e não exercer suas amizades em detrimento de um clube e grupo sério que sempre olhou o futebol com seriedade e caráter social”, emenda.
O J. Malucelli estuda entrar com um recurso na Justiça Comum para reverter o julgamento do “Caso Getterson” . O clube deve pedir a anulação da audiência do STJD realizada na semana passada.
Joel reforça a defesa apresentada pelo Jota, amparando a escalação de Getterson nos parágrafos 2 e 3 do artigo 15 do regulamento do Paranaense. O parágrafo 2 diz que o prazo final para que um jogador conste no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, com condições de jogo, é o último dia útil antes da nona rodada.
O parágrafo 3 ainda fala que o atleta pode participar do campeonato, desde que não tenha atuado por outro time na mesma disputa, tendo de constar no BID até a nona rodada. Getterson apareceu no Boletim Informativo a partir da quarta rodada.
A controvérsia, entretanto, surge no parágrafo 1, que afirma que “terão condições de jogo somente atletas que constem no BID até o último dia útil de cada rodada”.
“Se o regulamento ficou confuso, por mais confusão que tenha, quando há dúvida, o direito é do réu”, avalia Joel.
Schmidt responde acusações de Joel
O advogado Paulo Schmidt rebateu as acusações de Joel Malucelli. “Não sou mais do STJD há nove meses. Obviamente fui conversar com o relator, assim como eles [do Jotinha] conversaram também. Só fui falar com o relator depois de saber que os advogados do Jota tinham feito o mesmo. Sou apenas um advogado de clube do interior”, defende-se.
“O Joel tem de buscar alguma acusação irregular e vem para o meu lado. Eu estou no exercício da advocacia. Eu não vivo de influência nenhuma. O Tribunal está com uma nova gestão, alguns nem conheço”, completa.
Caso Petros em 2014 teve desfecho diferente
Um caso envolvendo o volante ex-Corinthians, em 2014, é outro ponto de discórdia entre Joel Malucelli e Paulo Schmidt. Petros também foi indiciado por suposta escalação irregular em partida contra o Coritiba, pela 13.ª rodada do Brasileirão daquele ano.
Na ocasião, o clube paulista foi absolvido de responsabilidade, ficou livre de multa e de perda de pontos na competição. “O Paulo Schmidt já amenizou e absolveu o Corinthians no caso Petros em 2014, numa situação muito semelhante”, cobra Malucelli.
Schmidt rebate afirmando que sempre combateu esse tipo de irregularidade no futebol brasileiro. “Falaram que na minha gestão [no STJD] arquivamos o caso Petros. Isso é mentira”, garante. “A gente pediu instauração de inquérito, oferecemos denúncia. O clube foi absolvido e recorremos”, relembra.
“O J. Malucelli usou uma estratégia muito ruim, o atleta dele estava muito irregular, era muito flagrante”, completa.
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