Atlético e Coritiba entram em campo neste domingo (30), às 16 horas, na Arena da Baixada, pela primeira partida da final do Estadual. Mais do que um título sobre o maior rival, o resultado dos Atletibas em finais de Estaduais serve como termômetro para o restante da temporada da dupla paranaense.
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É o que demonstra o histórico recente das equipes. Desde 2000, em sete oportunidades, Atlético e Coritiba duelaram na final do Paranaense: 2000, 2004, 2005, 2008, 2012, 2013 e 2016. Em quatro destes anos, o campeão estadual terminou à frente do vice no Campeonato Brasileiro da mesma temporada – em 2012 a comparação não pode ser feita, pois o Furacão estava na Série B e o Coxa na elite. Cenário que não passa batido pelos rivais.
“O Atletiba é maior do que o Campeonato Paranaense”, avalia o técnico rubro-negro Paulo Autuori. “O título dá mais confiança por parte da diretoria e torcida, além de dar mais tempo para o treinador trabalhar no que ele acredita”, analisa o treinador coxa-branca Pachequinho, que conhece bem o clássico paranaense desde a época que era protagonista do ataque alviverde nos anos 90.
Em 2016, por sinal, o fator Atletiba impulsionou o Furacão no Nacional. Após superar o Coxa na decisão do Estadual, a equipe de Autuori terminou na 6.ª colocação do Brasileirão, alcançando a vaga para a Libertadores. Já o Coxa lutou contra o rebaixamento a disputa toda, terminando na 15.ª posição.
“Clássico é clássico, não somente aqui, mas em todos os países e estados. É sempre bom ganhar”, reforça meia o atleticano Felipe Gedoz. “Um título muda muita coisa na vida de um jogador. Te dá muita confiança para o Brasileiro, o jogador se sente mais confiante. Faz toda a diferença ser campeão. E esse será o maior jogo da minha carreira”, revela o volante coxa-branca Matheus Galdezani.
Existem exceções. Em 2013, o Coxa conquistou o caneco local e terminou o Nacional em 11.º. Já o vice-campeão local Furacão alcançou o terceiro lugar no Brasileiro e garantiu vaga na Libertadores do ano seguinte. O mesmo aconteceu em 2004. O campeão estadual Coritiba terminou o Nacional em 12.º, enquanto o vice Atlético foi também vice-campeão do Brasileiro.
“Muitas vezes a conquista pode acarretar em um aumento exagerado dessa confiança e isso é perigoso. E tem casos que você consegue ser campeão e então é obrigado a ligar o sinal de alerta”, opina Pachequinho.
Veja como ficaram Atlético e Coritiba no Nacional após decidirem os Estaduais desde 2000:
2000: Atlético campeão Estadual e 8.º no Brasileiro. Coxa vice paranaense e 23.º no Nacional.
2004: Coritiba campeão Estadual e 12.º no Brasileiro. Atlético vice paranaense e 2.º no Nacional.
2005: Atlético campeão Estadual e 6.º no Brasileiro. Coxa vice paranaense e 19.º no Nacional (rebaixado).
2008: Coritiba campeão Estadual e 9.º no Brasileiro. Atlético vice paranaense e 13.º no Nacional.
2012: Coritiba campeão Estadual e 13.º no Brasileiro. Atlético vice paranaense e 3.º na Série B.
2013: Coxa campeão Estadual e 11.º no Brasileiro. Atlético vice paranaense e 3.º no Nacional.
2016: Atlético campeão estadual e 6.º no Brasileiro. Coxa vice paranaense e 15.º no Nacional.
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