TV ainda sonha com dupla Atletiba, mas celebra audiência do Paranaense 2017

Desde 1999, é a primeira vez que o Paranaense não tem Atlético e Coritiba juntos na tevê aberta. Em 2004, sem acerto com o Rubro-Negro, as finais contra o Coritiba não foram televisionadas. Em 2008, a mesma situação. Em 2013, o Atlético não fechou com a emissora, mas negociou a final por cerca de R$ 1,5 milhão para os dois jogos. “Não descartamos a possibilidade de acertar por jogos isolados”, avisa Eduardo Abilhoa, gerente de esportes da RPC, afilhada da Rede Globo, esta a responsável pela condução dos contratos e oferta nos direitos de transmissão.

Apesar da ausência dos dois gigantes do estado, a emissora diz que tem motivos para celebrar a transmissão até aqui. “A primeira fase foi positiva pra nós, mesmo sem os jogos de Atlético e Coritiba. Mantivemos os mesmos números da audiência do campeonato do ano passado [quando a emissora tinha ambos no contrato]”, garante o gerente.

Toledo x Cascavel, duelo transmitido na última rodada, foi o destaque, segundo ele. “O clássico da Soja foi a nossa melhor audiência. O torcedor sabe que somos a melhor cobertura local. A última rodada comprovou isso”, reiterou. Por contrato com o Ibope, os dados não podem ser revelados.

No começo do ano, a Globo fez uma oferta para o Estadual por meio da Federação Paranaense de Futebol. Atlético e Coritiba não aceitaram o montante oferecido e exigiram uma negociação à parte. A emissora não negociou diretamente com a dupla e paralelamente fechou contrato com as outras dez equipes da competição, além da Federação.

O valor bruto pelo torneio ficou em aproximadamente R$ 4 milhões, com reduções nas divisões de cotas. A cota do Paraná, por exemplo, caiu de R$ 1 milhão para R$ 450 mil. O Londrina, que recebeu cerca de R$ 600 mil em 2016, recebeu a mesma fatia que o Tricolor. Os clubes menores ficaram com R$ 2,7 milhões (cerca de R$ 337 mil para cada um). A FPF, por outro lado, ficou com aproximadamente R$ 300 mil para gastos administrativos e custeio de taxas de arbitragem.

Nestes termos, as equipes negociaram por quatro anos os direitos de transmissão com a Globo.