São mais de 90 anos de rivalidade e polêmicas de todos os tipos no Atletiba. Relembre cinco passagens que marcaram os encontros entre Atlético e Coritiba que terá a edição 328 neste domingo (20), às 16 horas, na Baixada.
Cireno e o gorro do Belo
Em 1946, um Atletiba entrou para a história pela confusão que fez o jogo ser encerrado com apenas 8 minutos de duração. O Coritiba já vencia o Atlético por 1 a 0 quando Jackson igualou o marcador. O rubro-negro Cireno (à direita na foto, ao lado de Jackson) foi buscar a bola no fundo das redes e aproveitou para arrancar o gorro do goleiro coxa-branca Belo, que utilizava o acessório para esconder a calvície. Somente Belo foi expulso e, em protesto contra a decisão da arbitragem, o Alviverde se retirou do gramado.
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Pancadaria na entrega das faixas
Atlético e Coritiba combinaram uma partida de entrega das faixas em 27 de novembro de 1985. Os coxas-brancas receberiam as de campeão brasileiro, e os atleticanos as de campeão paranaense. O confronto transcorria normalmente até os 42 minutos do primeiro tempo, quando Nivaldo marcou o gol rubro-negro. Os alviverdes reclamaram impedimento e Edson e Gomes foram expulsos. A partir daí, jogadores coritibanos simularam contusões até o árbitro encerrar o jogo pela falta de número mínimo de atletas.
Confusão em 1999
Por determinação do presidente do Coritiba, Jacob Mehl, a torcida do Atlético foi alojada no anel inferior do Couto Pereira para o Atletiba do Brasileiro de 1999. O posicionamento resultou num dos episódios mais lamentáveis da história do clássico. Antes de a bola rolar, torcedores do Coritiba atiraram objetos (pedras, ferros etc) para baixo, enquanto os atleticanos lançavam para cima. Dezenas de pessoas foram feridas, incluindo crianças, e a polícia teve de intervir. No campo, vitória alviverde por 2 a 1, em 17 de outubro.
Proibição entrega da taça na Arena
Em 2008, Mario Celso Petraglia, dirigente do Atlético, acertou com a Federação Paranaense de Futebol (FPF) para que a taça de campeão não fosse entregue após o Atletiba decisivo do Paranaense, marcado para a Baixada. O Coritiba acabou vencendo a competição (mesmo com a derrota por 2 a 1 no jogo), e comemorou na casa do rival com um troféu improvisado.
Torcida única em 2012
Sob a justificativa de conter a violência, Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético, liderou a iniciativa para a realização do primeiro Atletiba da história com a torcida de apenas uma equipe no estádio. E com a anuência do Ministério Público e da Polícia Militar, rubro-negros e coxas-brancas empataram por 0 a 0, na Vila Capanema, dia 22 de fevereiro de 2012, diante de atleticanos somente.Depois, foi a vez de o Coxa sediar outro Atletiba, desta vez só com torcedores coritibanos, dia 22 de abril, vencido pelos donos da casa por 4 a 2.