A luta por uma vaga na elite do futebol estadual e a revelação de novos talentos, que renderiam dividendos para o clube, são as principais ambições dos times que disputam a Segundona do Campeonato Paranaense. Tanto é que a média de idade dos jogadores que vão a campo pelo torneio é, em geral, baixa.
A Gazeta do Povo ouviu os adversários do Paraná Clube na competição que começa nesta terça-feira (1.º) à tarde para dar uma ideia de como eles veem a competição, como chegam à estreia e o que almejam no torneio.
Raio-X
Grecal
O Grecal, de Campo Largo, almeja uma vaga na Primeira Divisão. "Estamos na luta para dar condição aos jogadores, mas ainda não temos parâmetro de comparação, pois só vamos ter a real dimensão depois de começar a jogar", analisa o técnico Ricardo Pinto. O time aposta em jogadores novos. Média de idade: 23 anos.
Cascavel
O Cascavel estreia com 13 inscritos, dos 21 jogadores que planeja para o torneio. O presidente Nei Victor diz que até contar com todo mundo o time vai apenas para não perder. Victor põe a culpa na demora da Federação Paranaense em terminar a Primeira Divisão do Paranaense. "Foi uma clara desvalorização com o futebol do [estado do] Paraná. A Federação lembrou só do Paraná [Clube] e se esqueceu dos outros", opina. Média de idade: 26 anos.
Junior Team
A equipe de Londrina recebe nesta temporada o reforço de 12 jogadores cedidos pelo Coritiba. O Junior Team tem como principal objetivo servir de vitrine para novos atletas. "Se você estiver na Primeira Divisão, claro que a visibilidade é maior, já tem a televisão que ajuda, mas nosso objetivo principal é sempre a formação", revela Ariobaldo Frisselli, diretor-técnico. Média de idade: 22 anos.
Nacional de Rolândia
O Nacional também não conta nos primeiros jogos com todos os atletas que planeja ter para o campeonato. O time espera ainda o resultado de negociações para montar a base para a competição. A aposta dos dirigentes é na mescla a experiência e vitalidade. "Nesse ano a gente pretende subir, temos batido na trave várias vezes", almeja o presidente José Danilson Alves Oliveira. Média de idade: 25 anos.
Serrano
O Serrano passa por dificuldades para manter seus jogadores. A folha de pagamento fica em torno de R$ 15 mil. O presidente do clube, Valdir Cagnini, diz que todos estão com os "pés no chão". "Temos o objetivo de nos manter na Segunda Divisão e batalhar para cumprir com os compromissos. Sabemos que precisamos de reforços". Média de idade: 22 anos.
Foz
Deve terminar de montar sua base de atletas na quinta rodada. Segundo o presidente interino da equipe, Arif Osman, as contratações são difíceis porque o time não possui calendário. "Esse ano é atípico por causa do Paraná, que tem muito mais capacidade de investimento e contratação. Mas nenhuma equipe está fraca e nenhuma vai começar pensando em não subir", alerta. O Foz não tem categorias de base. Média de idade: 24 anos.
Cincão
A equipe de Londrina procura jogar com atletas jovens, boa parte formada na própria base. "É difícil prever [como vai se portar o time], mas uma coisa é certa, os adversários podem se preparar porque o Cincão vai ser difícil", avisa o presidente Gilberto Ponce. Média de idade: 22 anos.
Grêmio Metropolitano
Junto com o Cascavel, a equipe de Maringá carrega o título de time com maior média de idade. Apesar de ter jogadores experientes, uma das principais preocupações dos dirigentes está em revelar novos atletas. "Hoje a gente sabe que um clube não sobrevive só de renda, sobrevive vendendo jogador, plantando hoje para colher amanhã", analisa o supervisor do Grêmio Metropolitano, Maicon Sebastião de Paula. Quatro jogadores são da base da equipe maringaense. Média de idade: 26 anos.
Grêmio Maringá
Para alcançar o objetivo de disputar uma vaga para o acesso à Série A, o Grêmio Maringá aposta na contratação de jogadores experientes. "Estamos trazendo jogadores do ano passado, dois jogadores da base, que podem atuar na Segunda Divisão com a expectativa de que este seja o melhor elenco que o time já teve", diz o diretor de marketing do clube, Willian Costa Ferreira. Destaque para o paraguaio Makanaki, campeão da Copa do Brasil pelo Santo André, em 2004. Média de idade: 23 anos.
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