Em nota oficial emitida no final da tarde desta terça-feira (21), o Ministério Público do Paraná (MP) explicou por que resolveu não exigir o cumprimento da presença de 10% da torcida do Coritiba no Atletiba de Quarta-Feira de Cinzas (22), conforme prevê o Estatuto do Torcedor. No pronunciamento, entretanto, o MP-PR fez duras críticas à Polícia Militar e às diretorias dos dois clubes, que solicitaram a presença de somente uma torcida na partida a ser disputada na Vila Capanema, às 19h30.
De acordo com a nota, assinada pela promotora plantonista Stella Maria Flores Floriani Burda, com a decisão de fazer a partida com uma só torcida, "rasga-se o Estatuto do Torcedor". A promotora também questionou a capacidade de se garantir segurança na Copa do Mundo de 2014, em que Curitiba, que receberá quatro partidas, diante da dificuldade de se garantir o bem-estar dos torcedores em uma competição de nível regional.
"É lamentável que situações como esta ocorram em um país, e o que é pior, em uma capital que pretende, em breve, sediar jogos de futebol da Copa do Mundo. Hoje, rasga-se o Estatuto do Torcedor, diante da impossibilidade do Estado dar segurança aos torcedores para que se realize partida com a presença de uma única torcida, em um Campeonato Estadual", declara a promotora na nota.
"O que acontecerá quando do envento tão esperado, de proporções gigantescas, que se aproxima, e envolve o interesse de torcedores de todo o planeta? Além de aeroportos, estádio, rede hoteleria, precisamos de segurança. Mas segurança já!", enfatiza o texto.
Apesar da manifestação crítica em relação à PM e às diretorias rubro-negra e alviverde, a promotora enfatiza que "pela integridade de todos" o MP se manifesta favorável à realização do Atletiba só com a torcida do Atlético. E, para respeitar o Estatudo do Torcedor "dentro do que é possível", ressalta a nota, o MP-PR exige que o espaço destinado à torcida do Coritiba na Vila Capanema não seja preenchido pela torcida atleticana.
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