Alan Bahia
O Atlético está negociando o retorno do volante Alan Bahia. O atleta de 29 anos pertence ao Furacão e está emprestado ao Goiás. Para tê-lo antes de 12 de junho, quando acaba o contrato com o Alviverde, o time paranaense terá de pagar uma multa. Ontem, Alan Bahia não jogou pela Copa do Brasil, contra o Paulista, pois ficaria impossibilitado de defender o Rubro-Negro no torneio.
Nem Germano Krüger, nem Ecoestádio, nem Vila Capanema... Órfão de estádio desde que deixou a Arena pela última vez, no dia 4 de dezembro de 2011, o torcedor atleticano ainda não encontrou um lugar para chamar de seu. E, como forma de protesto, começa a se desassociar do clube.
O quadro de sócios do Furacão, que nos bons tempos passou com folga da casa dos 20 mil fãs, sofreu uma baixa de 9% em pouco mais de dois meses. Em números absolutos, o caiu da faixa dos 19 mil sócios, no fim do ano passado, para pouco menos de 17 mil número atualizado no início deste mês.
Apesar da retração, a porcentagem de desfiliados ainda é considerada baixa pela diretoria rubro-negra. "Considero [os 9%] como traço", minimiza Mauro Holzmann, diretor de marketing do clube. "Levando em consideração não ter estádio, [a queda] é muito pequena. Isso mostra que o sócio entendeu o momento e vai continuar apoiando o time", acrescenta.
Por via das dúvidas, o Atlético lançou mão de uma espécie de tática de guerrilha para evitar novas baixas e o consequente reflexo negativo nas finanças. Há quatro semanas foi lançada a campanha publicitária "Eu te sigo em toda parte", que consiste em apelar para a eterna paixão e consciência do torcedor.
A operação ganhou ainda mais força nos últimos dias, com uma varredura atrás de sócios inadimplentes. O clube tem feito contatos telefônicos e, em alguns casos, até visitas para que os atleticanos retornem. Tem surtido efeito. A diretoria aponta para um acréscimo superior a 300 associados no último mês.
Há, também, outro problema relacionado à falta de um lar. Mesmo quem segue ligado ao Furacão não tem comparecido aos jogos do time. Apenas 9.110 torcedores acompanharam os dois jogos do Rubro-Negro na Vila Capanema (média de 4.555), incluindo nesta conta o clássico Atletiba. Se comparado com a média de público do Paranaense 2012, de 9.618 pagantes por jogo, houve um decréscimo de pouco mais de 52%.
"É como se o torcedor estivesse dando um tempo na relação, mas continua apaixonado", compara Holzmann. "Ele [torcedor] não gosta de outro estádio, tem o desconforto. Na hora do jogo mais importante, vai haver um público maior", espera o dirigente.
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