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 | Ilustrações: Felipe Lima
| Foto: Ilustrações: Felipe Lima

Ao apito inicial do árbitro no Atletiba deste domingo (20), às 16 horas, muito mais do que três pontos estarão em jogo na Baixada. Em um lance, o principal clássico do Paraná é capaz de consagrar ou destruir jogadores – levá-los para o céu ou o inferno da bola.

Atacante do Furacão, Walter é um exemplo. Estreou no Atletiba com gol, no empate por 2 a 2, na Arena, pelo Brasileiro. No turno seguinte, entretanto, perdeu gol incrível no revés por 2 a 0, no Couto Pereira. Em pouco tempo, experimentou a glorificação e a desgraça.

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Normalmente, são os destaques das equipes quem têm mais a ganhar ou perder com a partida. Casos do goleiro Weverton, o volante Otávio e o meia Vinícius no Furacão, além de Walter. O arqueiro Wilson e o atacante Kléber Gladiador no Coxa.

Impacto importante que atinge os treinadores. Paulo Autuori fará apenas sua terceira partida como técnico do Rubro-Negro e em caso de vitória ganha crédito para seguir em frente. No Paranaense, o time tem quatro vitórias, quatro empates e uma derrota.

Do lado Alviverde, Gilson Kleina vive situação mais delicada. Assumiu o clube no início da temporada e ainda não fez a equipe deslanchar. Em nove partidas pelo Estadual, venceu quatro, empatou duas e perdeu três. Precisa de um triunfo para sobreviver.

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O Atletiba, entretanto, não aceita previsões. Um goleiro com moral no clube, por exemplo, pode ver sua história manchada por causa um lance. Caso do goleiro Régis, multicampeão com o Paraná, o camisa 1 defendeu o Coxa entre 1997 e 98.

Na decisão do Estadual de 1998, empate por 1 a 1 no primeiro Atletiba, no Couto Pereira. O Atlético venceu por 4 a 1 o segundo, no Pinheirão, e ficou em vantagem. E o terceiro jogo estava 0 a 0 quando Régis perdeu um pênalti – terminou 2 a 1 para o Furacão.

“O Atletiba pesa mais para o jogador, sem dúvida. Mas aquela nossa equipe estava desmoralizada, por causa de um episódio de suborno [caso com o Iraty]. Ninguém quis bater, eu assumi e infelizmente perdi”, relembra Régis, 50 anos, empresário no Rio de Janeiro.

História diferente viveu Dirceu. O ex-atacante do Atlético anotou dois gols nos Atletibas finais do Paranaense de 1990, vencido pelo Rubro-Negro. E mesmo passado mais de duas décadas, ainda é reverenciado pelos atleticanos.

“Dá pra dizer que entrei para a história do futebol por causa do Atletiba. Foi uma decisão muito disputada e fui feliz. É algo que ninguém esquece”, conta Dirceu de Mattos, 53 anos, atualmente técnico de futebol, vivendo em Londrina.

O CÉU DO ATLETIBA

Dirceu: o atacante do Atlético entrou para a história do clube como o “carrasco do Coxa”. Marcou gols decisivos no título estadual de 1990, dois na decisão em Atletibas.
Paulo Vecchio: o atacante do Coxa marcou de cabeça o gol do empate com o Atlético em 1968, já no finalzinho, resultado que deu o caneco ao alviverde de um dos paranaenses mais disputados de todos os tempos.
Tuta: o avante do Coritiba fez dois gols na final de 2004. um deles o do empate em 3 a 3 que valeu a taça. E pediu silêncio aos atleticanos em plena Arena da Baixada.
Lima: ex-jogador do Coritiba, o atacante decidiu a favor do Furacão o Estadual de 2005. Na decisão por pênaltis, após vitória por 1 a 0 do Rubro-Negro no tempo normal, converteu o tiro que fechou a disputa em 4 a 2.

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O INFERNO DO ATLETIBA

Berg: o zagueiro do Coritiba fez contra, de cabeça, o gol que deu a taça ao Atlético em 1990, em pleno Couto Pereira. Foi o gol do empate em 2 a 2 no segundo confronto da final.
Guerrón: O atacante do Furacão perdeu o pênalti decisivo da final de 2012 do Paranaense. Com o erro, o Coxa venceu por 5 a 4 nas penalidades, após 0 a 0 no tempo normal.
Régis: no terceiro jogo da final de 98, o goleiro do Coxa perdeu um pênalti que poderia iniciar a reação da equipe na decisão. O Atlético venceu novamente, por 2 a 1, e ficou com a taça.
Vinícius: o goleiro do Atlético saiu em falso da meta no lance que deu o título do Estadual de 2008 ao Coritiba. Henrique Dias aproveitou e descontou o placar em 2 a 1.
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