O presidente da FPF, Hélio Cury, comanda o encontro que definiu a fórmula do Paranaense 2016.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O arbitral do Campeonato Paranaense de 2016 decretou o fim do Torneio da Morte e a manutenção da mesma fórmula de disputa deste ano. A reunião aconteceu em Ponta Grossa, cidade do atual campeão Operário Ferroviário, e contou com a participação de representantes das 12 equipes que irão disputar o torneio.

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“É uma disputa que dá zero de arrecadação e só despesas para quem disputa. Ficou de bom tamanho a nova fórmula, dentro das possibilidades”, afirmou Luiz Carlos Casagrande, presidente do Paraná. As duas últimas equipes da primeira fase serão rebaixadas.

ENQUETE: como Atlético e Coritiba devem encarar o Paranaense do próximo ano?

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O Atlético, que disputou o quadrangular para não cair para a segunda divisão, esteve na reunião representado pelo vice-presidente Márcio Lara. Apesar de preferir não dar entrevista, respondeu com um sonoro “não” quando questionado se a fórmula agradou.

A possível realização da Copa Sul-Minas, negociada pelos clubes, mas ainda sem o aval da CBF, é o principal motivo pela fórmula ter desagradado Atlético e Coritiba. Os clubes propuseram um campeonato com menos datas. Segundo Valdir Barbosa, diretor de futebol do Coritiba, os clubes terão que se dividir entre as competições. “Queríamos mais enxuto, diminuindo para 15 datas ou até menos. Mas a maioria entendeu que a fórmula deveria ser mantida. Achamos que os regionais têm de ser reduzidos, pois temos o firme propósito de disputar a Sul-Minas”, comentou Barbosa.

Provocação

O encontro ficou marcado ainda pela provocação política feita pelo gestor do Londrina, Sérgio Malucelli, no fim da entrevista coletiva. Ele contou que durante a campanha para a presidência da Federação, os presidentes do Atlético, Mario Celso Petraglia, e do Coritiba, Rogério Bacellar, se dispuseram a doar aos clubes do interior as cotas de televisão a que teriam direito no Paranaense.

“Eles prometeram abrir mão das cotas em benefício de um fortalecimento dos clubes do interior. Infelizmente para eles o Gomyde [candidato derrotado no pleito da Federação Paranaense de Futebol] não ganhou, mas gostaria de dar-lhes a chance de se pronunciarem agora sobre essa doação”, provocou. Os representantes do Atlético, Márcio Lara (vice), e Coritiba, Valdir Barbosa (diretor de futebol), já haviam ido embora do encontro.

O arbitral e a entrevista coletiva pós reunião foram marcadas por um clima de animosidade quando o assunto era Copa Sul-Minas. O presidente da FPF, Hélio Cury, disse desacreditar da realização do torneio, que impactaria diretamente no Estadual. Tanto nas verbas destinadas a ele, já que a tevê poderia preferir o regional, quanto da disposição dos times da capital em escalar equipes reservas na disputa.

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“Não trabalhamos com hipótese. Até agora só teve conversa e partimos da premissa de que não tem porque falarmos de algo que não existe. Não acredito que a Sul-Minas aconteça”, disparou Cury. Malucelli também criticou a busca exagerada da dupla Atletiba pelo interestadual e repetiu o discurso de Cury no dia anterior. “Eles menosprezam a importância, mas no ano passado o Atlético teve de tirar o sub-23 e botar o time principal para não cair. Atlético e Coritiba deviam valorizar mais o Paranaense, pois é o que está ao alcance deles”, afirmou Malucelli.

Para Antônio Mikulis, diretor de futebol do Operário, a fórmula era a única viável. Atual campeão paranaense, o Fantasma sugeriu uma competição nos moldes do Campeonato Carioca, mas a falta de datas inviabilizou a aprovação da proposta. “Com mais jogos, melhora para os sócios, para os patrocinadores e para os times como um todo”, lamentou, sendo apoiado por representantes de Foz e PSTC, que tinham interesse em garantir mais duelos em seus estádios.

A disputa

A disputa começa no dia 30 de janeiro e vai até 8 de maio, com 17 datas das 19 reservadas pela CBF para a disputa dos Estaduais. A disputa será entre as dez remanescentes do ano anterior, mais PSTC e Toledo, campeão e vice-campeão da divisão de acesso de 2015. Os 12 participantes se enfrentam em turno único, classificando-se oito para o mata-mata. Nessa fase classificatória, as equipes com melhor campanha no ano anterior têm direito a um mando de campo a mais.

As finais serão disputadas em cruzamento olímpico, ou seja, 1º contra o 8º, 2º contra o 7º, 3º contra o 6º e 4º contra o 5º. Os vencedores fazem a semifinal, também em jogos de ida e volta, com os melhores decidindo o título novamente em duas partidas.

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