Entrevista
Renan Oliveira, meia do Coritiba.
Você ainda acredita na conquista do primeiro turno?
Sim. Vamos fazer a nossa parte e torcer pelos outros resultados para que nós possamos conquistar o nosso objetivo. Ficou complicado, um pouco mais difícil, mas enquanto tivermos chance temos que lutar.
Como é virar titular com a saída do Davi?
É uma posição que eu já tinha jogado algumas vezes. Vou procurar fazer o que o treinador pede, sempre tabelando com o meia e aproximando do ataque para que possamos fazer gols.
Como encara o aumento da pressão?
É normal. Quando não vem o resultado que nós esperamos, a pressão sempre aumenta. Nós estamos passando por este momento de cobrança maior um pouco. Tenho certeza de que, com a gente reencontrando o caminho das vitórias, o nosso torcedor acabará com qualquer desconfiança.
Você sempre foi muito criticado por ser inconstante. Como lida com isso?
Eu estava procurando fazer o meu melhor. Fui muito elogiado, pelo o que eu ouvi, mas tenho certeza de que ainda estou muito aquém do que posso render. Até pela sequência que eu não tive ainda. Contra o Cianorte foi um jogo difícil para mim e para todos do time. Essa impressão [de ser irregular] quem tem que apagar sou eu e vou entrar dentro de campo na próxima partida para fazer o meu melhor.
Mesmo prestes a completar dois anos sem perder no Paranaense aniversário a ser comemorado na terça-feira , não é a tranquilidade que norteia o Coritiba hoje. A partir das 19h30, o Coxa estará diante da maior pressão encarada até agora no Estadual. Menos por causa do adversário, o Operário. Mais pela própria situação na qual o clube se colocou. Três empates consecutivos deixaram o rival Atlético isolar-se na liderança e as ambições alviverdes no turno ameaçadas.
O Coritiba sabe que precisa vencer o Fantasma, no Couto Pereira, para chegar ao Atletiba das Cinzas, na quarta, ainda com chance de conquistar a fase e, por consequência, o passaporte direto para uma eventual final. Uma pressão a mais que, como disse recentemente o volante Willian, já era esperada pelo elenco alviverde devido à alta expectativa da torcida após a boa campanha de 2011.
Diante desse cenário atípico para o bicampeão paranaense que ostenta 41 jogos de invencibilidade no regional, o técnico Marcelo Oliveira busca passar confiança aos atletas e ensinar como reconquistar o apoio do torcedor. "Eu comento com os jogadores e oriento no sentido de melhorar sempre. De pegar aquilo que foi bom e tirar proveito", disse o treinador, sem entrar em detalhes. "Oportunidades que aparecem precisam ser melhor aproveitadas porque fazem a diferença", emendou.
Quanto à cobrança, Oliveira admite que nenhuma pressão é pior do que a interna, de dentro do elenco. "Ninguém queria mais o resultado [contra o Cianorte, empate por 1 a 1 na quarta-feira] do que eu. Me chateio muito quando o resultado não vem, sofro também, porque trabalho muito", afirmou o treinador. "Eu passei muita confiança para os jogadores justamente para nós reagirmos", contou. "Espero que o pessoal possa, neste período de carnaval, também participar do jogo com a mesma alegria e ajudar a conquistar uma grande vitória, o que nos dará uma nova perspectiva", fechou.
Oliveira não quis confirmar a equipe que encara o Operário, mas a tendência é de que seja a mesma escalada contra o Cianorte, com Willian e Júnior Urso no sistema de marcação do meio de campo.
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