Opinião
Campeonato no ápice
Foram necessárias nove rodadas para que o Paranaense pegasse fogo. E bem às vésperas do Atletiba. Bem melhor do que o ano passado, é verdade, quando o Coritiba passeou de ponta a ponta. Mas a edição de 2012 já vinha quente no extracampo indefinição de mandos de jogos e reclamações sobre o calendário só que morno dentro de campo.
Este fim de semana, finalmente esquentou, depois de três empates do Coxa e, sábado, com o tropeço atleticano. A ironia é que o primeiro Atletiba do ano pode marcar o ápice técnico do Estadual, especialmente do Alviverde e do Furacão. A dupla teve uma curta pré-temporada e ter jogadores lesionados pelo desgaste físico porque começam se contundir pelo peso de nove jogos em menos de um mês. O campeonato seguirá disputado, claro, mas com os times já pensando em como recuperar os atletas para o restante da temporada.
Adriana Brum, repórter.
O Coritiba incendiou o Atletiba desta Quarta-Feira de Cinzas: com a vitória por 4 a 1 sobre o Operário, ontem, somou 21 pontos, assumiu a vice-liderança e diminuiu a distância para o Atlético, primeiro colocado a diferença caiu de quatro para apenas um ponto, deixando o clássico ainda mais decisivo na briga pelo título do primeiro turno do Estadual.
O Alviverde teve um ótimo fim de semana de carnaval: antes de entrar em campo contra o Fantasma, foi duplamente favorecido pelos tropeços dos concorrentes. No sábado, o Rubro-Negro perdeu a invencibilidade na derrota por 2 a 1 para o Arapongas e manteve os 22 pontos. Ontem à tarde, o Cianorte ficou no empate sem gols contra o Corinthians-PR e também chegou a 21.
"Foi uma vitória muito importante, depois dos empates [três consecutivos, contra o próprio Cianorte, Rio Branco e Londrina]. Temos de parabenizar os torcedores que compareceram, porque esse calendário é desumano: um jogo em um domingo de carnaval, antecedendo um clássico na Quarta-Feira de Cinzas. Quem fez esse calendário hoje [ontem] deve estar na praia", alfinetou o meia Lincoln.
O time comandado por Marcelo Oliveira, pressionado por voltar a vencer, contou com um Operário desligado no início da partida: em dois minutos, o Coxa marcou dois gols. O primeiro, com Caio Vinícius, estreando como titular, no lugar de Marcel. O jogador aproveitou o rebote do chute de Jackson e, de primeira, marcou, aos 46 segundos. No segundo ataque coxa-branca, Rafinha rolou para Renan Oliveira, que recebeu dentro da área e chutou com tranquilidade, aos 2 minutos.
Com o placar, o time desacelerou. Mas o Operário, que ficou ainda mais próximo da zona de rebaixamento (seis derrotas e sete pontos, à frente apenas de Paranavaí e Iraty) demorou a reagir, dando trabalho apenas nos últimos dez minutos do primeiro tempo. "O time parou. Precisamos de mais gols para não depender de ninguém no restante do campeonato", disse, no intervalo, o meia Rafinha, mais uma vez o destaque em campo.
O Alviverde retomou o mando do jogo, mas abusou de perder chances para ampliar o placar. Ainda assim, marcou mais dois. O primeiro veio no cabeceio de Jackson, aos 14 minutos da etapa complementar, depois da cobrança de escanteio de Lincoln. Gil, no lugar de Rafinha (poupado para o clássico), aproveitou o toque de Emerson, acertou um belo chute de fora da área e fez o quarto, aos 40 minutos. Wellington descontou para o Operário aos 42, no cochilo da defesa coxa-branca.
Preocupação
Nas duas alterações que fez no intervalo, Marcelo Oliveira já estava com o foco voltado para o Atletiba: sacou Pereira e Willian, ambos com dores na musculatura da coxa. "Há a possibilidade de contusão, então, não há porque forçar. São nove rodadas em menos de um mês", reclamou o treinador.
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