| Foto: CESAR MACHADO/

O goleiro Juninho, 26 anos, do Cascavel, único time que ainda não sofreu gols neste Paranaense, é cria de um famoso ex-treinador e dirigente do futebol paranaense: Hélio Alves, o “Feiticeiro”, campeão paranaense quatro vezes pelo Coritiba e três pelo Atlético, além de brasileiro pelo Coxa em 1985 – ele morreu em 2009. Foi na escolinha dele, em Pontal do Paraná, entre os 10 e 15 anos, que o arqueiro aprendeu os primeiros fundamentos.

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“Se não fosse ele, eu não estaria aqui. Não era só um treinador, um professor. Preparava para a sociedade, sempre pregava muito o respeito e o caráter”, conta Juninho. “Quando precisava ele ainda ajudava as famílias. Dos 100 alunos, acho que só eu virei profissional. Devo muito a ele”, acrescenta.

Mesmo jovem, o goleiro nascido em Pontal do Paraná já rodou bastante até chegar ao Cascavel. O primeiro clube, ainda na base, foi o Rio Branco, mas depois vieram Nova Orleans, Prudentópolis, time B do Paraná (o que gerou um empréstimo ao Iguaçu, em 2009), Ferroviária de Araraquara, Macaé, URT de Patos de Minas e Operário.

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Em Ponta Grossa o jogador conheceu o treinador Paulo Foiani, que o levou para a Serpente no ano passado. Pela Divisão de Acesso, foi o titular nos últimos quatro jogos, o que lhe garantiu uma extensão do contrato até o final desse Paranaense.

O clube não se arrependeu. Depois de cinco rodadas, fechou o gol e manteve a meta zerada. “Nunca tinha vivido isso. O máximo foram três partidas sem sofrer gols”, admite Juninho. “Estou impressionado, mas pelo trabalho forte de todo mundo aqui não foi surpresa. É mérito”, justifica o fã do ex-goleiro palmeirense Marcos.

O arqueiro divide a boa fase com toda a equipe e garante que a família e os amigos em Pontal do Paraná estão em festa. “Eles estão muito empolgados”, relata o goleiro do Cascavel, que não tem nem empresário para cuidar da sua carreira.

O próximo desafio é o Londrina, no domingo, fora de casa. “O nosso primeiro objetivo é nos classificarmos entre os oito primeiros. Depois pensar na vaga da Série D e até no título, com muito pé no chão e humildade”, finalizou a cria do “Feiticeiro”.