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Reunião ontem na Federação Paranaense de Futebol teve insatisfação e protesto contra a marcação do início da Série Prata | Daniel Caron/Gazeta do Povo
Reunião ontem na Federação Paranaense de Futebol teve insatisfação e protesto contra a marcação do início da Série Prata| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

Em um conturbado arbitral da Série Prata do Campeonato Paranaense ontem à tarde, ficou decidido o início da competição: no feriado do Dia do Trabalho, 1.º de maio. A data, sugerida e referendada pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), desagradou à metade dos dez clubes da Divisão de Acesso.

Representantes de Cascavel, Cincão (Londrina), Grêmio Metropolitano (Maringá), Gre­­cal (Campo Largo) e Júnior Team (Londrina) demonstraram insatisfação com o calendário. Ale­­gando terem jogadores emprestados, essas equipes afirmaram que só teriam condições de montar seus elencos na segunda quinzena de maio e propuseram o dia 13 para o início da competição. A votação para escolher a data acabou empatada, com Paraná, Serrano (Pru­­dentópolis), Foz, Grêmio Es­­portivo Maringá e Nacional (Rolândia) votando a favor do início em 1º de maio.

Coube, então, ao vice-presidente da FPF, Amilton Stival, estipular o pontapé inicial do torneio. "Como houve impasse, a Federação decidiu com o voto de Minerva", explicou o dirigente. A partir da data do arbitral, a FPF tem 60 dias para apresentar a tabela.

"Não precisava nem fazer esse arbitral. Já estava tudo determinado desde o começo pela Federação", criticou o diretor esportivo do Júnior Team, Júlio Lemos, que chegou a deixar a reunião em forma de protesto.

O dirigente do clube londrinense explicou que, com a disputa marcada para o início de maio, o time não contará com todo o elenco e comissão técnica, que estão emprestados ao URT (MG). "Nas duas primeiras rodadas vamos ter que montar o time com jogadores juniores e juvenis", argumenta Lemos.

Já a proposta paranista sugeria o início da competição no dia 18 de abril, diminuindo os prejuízos do Tricolor, que terá de disputar a Série B do Brasileiro, que também inicia em maio. Mas, como a ideia foi rechaçada, o risco agora é de o torneio ser questionado na Justiça. Se­­gun­­do o presidente do Paraná, Ru­­bens Bohlen, tanto o Sin­­di­­cato dos Jogadores, quanto o Mi­­nistério Público do Trabalho (MRT) devem entrar com processos para que se cumpra o Regu­­lamento Geral de Com­­petições da CBF, que determina um intervalo de 66 horas entre uma partida para atletas.

"O 18 de abril minimizaria alguns problemas, mas vamos jogar. O que está claro para a Federação e os outros clubes é que o Paraná vai fazer valer a regra das 66 horas", enfatizou Bohlen ao final do arbitral.

A FPF garante que tentará minimizar o problema paranista ajustando a tabela de acordo com a necessidade do time.

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