Dois dias após o técnico Claudinei Oliveira criticar a Federação Paranaense de Futebol (FPF) pela marcação do duelo entre Paraná e Foz para o domingo de manhã, a entidade que comanda o esporte no estado deu o troco – e com ataques pessoais ao comandante paranista.
Através de uma ‘nota de repúdio’ divulgada no site oficial da FPF, o órgão respondeu ao técnico, dizendo que ele agiu ‘infantilmente’ e não conhece as regras da competição. Também usou termos como ‘ridículo’ e ‘leviano’ para definir o comandante paranista.
“Pior, é leviano e infantil ao dar a entender que poderia haver qualquer tipo de “direcionamento” para esta ou outra agremiação futebolística”, atacou a gestão Hélio Cury, através da carta sem assinatura.
E ainda faz uma ameaça. “A irresponsabilidade deste tipo de declaração não passará impune. O departamento jurídico da FPF tomará as devidas providências para que o Sr. Claudinei de Oliveira, pessoalmente, seja obrigado a provar as suas inverdades e ilações mentirosas prolatadas irresponsavelmente em meios de comunicação com ampla repercussão social.”
Foram duas as cobranças de Claudinei, logo após vencer o Foz por 3 a 0, pelas quartas de final do Paranaense.
1) “Se eu sou presidente da FPF, e tem quatro jogos em Curitiba, para quem você vai perguntar primeiro em que horário quer jogar? Para o primeiro colocado. Eu não posso jogar às 11 da manhã, sendo que eu vou representar o estado do Paraná em outro estado, numa viagem longa. É um absurdo! Não tem lógica, eu não aceito”, disparou.
2) “A gente começa a acreditar que as coisas estão sendo feitas de uma maneira direcionada. A tabela foi ruim, erros de arbitragem só contra o Paraná. Como que a equipe que se classificou em quarto lugar vai jogar no melhor horário de todos? Que vantagem tem o primeiro colocado? Nenhuma. Se quiserem me punir, me punam”.
O comandante paranista também ironizou o comando da FPF. “A gente tem que dar os parabéns para a Federação. Estão realizando um belo campeonato, as arbitragens estão maravilhosas, os gramados excelentes. Depois reclamam quando colocamos o time reserva.”
Para a FPF, isso mostrou sinal de pequeneza. “Nosso repúdio pelas declarações realizadas e a certeza de que sua pequeneza é oriunda do profundo desconhecimento da realidade paranaense e das atividades da Federação Paranaense de Futebol para o engrandecimento diuturno de nossas equipes e os aficionados do bom futebol.”
Procurado pela reportagem da Rádio Banda B, Oliveira disse que não comentaria a nota, pois estava concentrado para o jogo de quarta-feira (6), contra o Estanciano (SE), pela Copa do Brasil.
A Federação não deu o mesmo tratamento para outros ataques sofridos durante a primeira fase. O Atlético, através do diretor Paulo Carneiro, chegou a dizer – após empate com o Londrina (6/3) – que por causa de gramados e arbitragens ruins o Furacão usou durante anos times alternativos no estadual. Durval Lara Ribeiro, o Vavá, chefe do departamento de futebol do Paraná também bateu sem revide. “Não adianta ficar de “amizadezinha” com presidente de Federação se eles não tomam atitude nenhuma. Aí tem que fazer igual Coritiba e Atlético e findar [a relação com a FPF] mesmo”, disse, momentos após empatar com o Foz (20/3).
Nota editada
Na primeira versão da nota de repúdio, divulgada no Twitter, a FPF atribuiu a Claudinei uma declaração de Vavá, em crítica feita logo após a derrota para o Londrina (1 x 0, no VGD). Em seguida, numa segunda versão publicada no site oficial da FPF, o trecho foi retirado.
“Aliás, respeito às instituições é algo que falta ao Sr. Claudinei Oliveira, pois no mesmo campeonato já desrespeitou não só a FPF, mas a equipe do Londrina Esporte Clube e à toda comunidade do Norte do Paraná, referindo-se aquele clube de forma venal como “típico time de província”, desmerecendo o time que estará a seu lado na Série B do Campeonato Brasileiro”, trouxe a FPF, para depois apagar, evitando assim de citar o diretor paranista, real autor do ataque aos londrinenses.
Leia a nota da FPF na íntegra
Novamente e de forma despropositada, o técnico do Paraná Clube, Sr. Claudinei Oliveira, após o jogo contra a equipe do Foz do Iguaçu, na cidade do Oeste paranaense, em jogo válido pelas quartas-de-finais do Campeonato Paranaense 2016 onde sua equipe sagrou-se vitoriosa, ao ser sabatinado pela imprensa fez críticas infundadas contra a Federação Paranaense de Futebol (FPF) e a seu corpo diretivo e funcional.
O técnico de futebol Sr. Claudinei Oliveira agora reclamou do agendamento da partida de volta, novamente contra o Foz, para o próximo domingo (10/04) às 11 horas em Curitiba. Criticou publicamente o presidente da FPF, pois acredita que ele deveria ser consultado sobre o horário, local e quando gostaria de jogar, alegando infantilmente o fato da “sua” equipe, neste momento, possuir a melhor campanha da competição paranaense.
De novo fica claro o despreparo e falta de conhecimento do Sr. Claudinei Oliveira sobre as regras das competições organizadas pelas entidades representativas do futebol brasileiro, bem como o contrato de direitos de transmissão dos jogos assinados inclusive por seu clube, ao passo que o pedido para a programação e agendamento deste jogo foi feito pelo canal de transmissão fechado, que é detentor desses direitos.
Da mesma forma, as TVs abertas detentoras dos direitos de transmissão optaram por fazer a transmissão da partida entre Atlético e Londrina no domingo.
Demonstra, também, não ter discernimento algum sobre os aspectos de segurança que devem ser levados em consideração pelo fato de todos os quatro jogos da rodada serem realizados na cidade de Curitiba.
No momento em que observamos em outros Estados os fatos lamentáveis de confrontos entre “torcidas organizadas”, o Sr. Claudinei de Oliveira prefere preocupar-se com críticas vazias e equivocadas a respeito da FPF e mostrar seu egocentrismo exacerbado.
Pior, é leviano e infantil ao dar a entender que poderia haver qualquer tipo de “direcionamento” para esta ou outra agremiação futebolística.
A irresponsabilidade deste tipo de declaração não passará impune. O departamento jurídico da FPF tomará as devidas providências para que o Sr. Claudinei de Oliveira, pessoalmente, seja obrigado a provar as suas inverdades e ilações mentirosas prolatadas irresponsavelmente em meios de comunicação com ampla repercussão social.
Aliás, respeito às instituições é algo que falta ao Sr. Claudinei Oliveira, pois no mesmo campeonato já desrespeitou não só a FPF, mas a equipe do Londrina Esporte Clube e à toda comunidade do Norte do Paraná, referindo-se aquele clube de forma venal como “típico time de província”, desmerecendo o time que estará a seu lado na Série B do Campeonato Brasileiro.
Ridículo em suas afirmações o atual técnico do Paraná Clube também mentiu ao afirmar que para formalização de reclamações contra a arbitragem na FPF, deveria ser pago o valor de R$ 500,00 para que a denúncia ou reclamação pudesse ser formalizada.
Lamentamos que pessoas não qualificadas emocional, cultural e socialmente, profiram continuadamente mentiras sobre o Campeonato Paranaense, que completa neste momento seus 102 anos ininterruptos de disputa de alto nível.
Reiteramos o profundo respeito à agremiação Paraná Clube, aos seus torcedores, e ao seu presidente Sr. Leonardo de Oliveira, que não vem medindo esforços para recuperar um dos mais importantes clubes do Paraná e do Brasil.
Ao Sr. Claudinei Oliveira, nosso repúdio pelas declarações realizadas e a certeza de que sua pequeneza é oriunda do profundo desconhecimento da realidade paranaense e das atividades da Federação Paranaense de Futebol para o engrandecimento diuturno de nossas equipes e os aficionados do bom futebol.
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