Principal nome citado naquilo que o presidente Rubens Bohlen considerou uma tentativa de golpe para tirá-lo do poder, o empresário Carlos Werner admite ter encabeçado um projeto para angariar valores para colocar no Paraná em 2015 . A proposta estaria ligada à renúncia de Bohlen.
Em determinada reunião do conselho [deliberativo], o Rubens [Bohlen] colocou que abriria mão do conselho diretivo [presidência] se alguém colocasse o dinheiro na mesa
Werner revela ter sido procurado por pessoas do clube para comandar tal tarefa. O investimento deveria vir acompanhado de um fato novo na instituição, no caso, a saída do atual presidente e um projeto voltado para o futebol profissional como prioridade.
Além do empresário, o grupo que dividiria o valor de R$ 4 milhões em cotas iguais de R$ 400 mil é composto por outras nove pessoas: o presidente da Fúria Independente, João Quitéria, o ex-presidente Aquilino Romani, os ex-dirigentes Waldomiro Gayer Neto, Durval Lara Ribeiro, Leonardo Oliveira, Luiz Ricardo Berleze, o ex-diretor da Base Renê Bernardi, o conselheiro Osman Luiz Tomasi e o vereador Thiago Gevert.
“Fui procurado pela credibilidade que tenho em meus serviços e foi citado esse valor [R$ 4 milhões]. O Rubens [Bohlen] deveria abrir mão em nome do vice [Luiz Carlos Casagrande, o Casinha]. Assim não seria manchada a história do nosso clube com uma virada de mesa”, revela Werner, que, no entanto, afirma ter convidado Bohlen para participar do projeto.
“Convidei Rubens para trabalhar conosco. Ele não aceitou. Eu entendo as mágoas dele e renunciei para não haver mais intrigas”, diz Werner, que na noite de terça-feira (2) encaminhou carta ao presidente renunciando ao cargo de superintendente do CT Ninho da Gralha, local em que investia dinheiro desde meados de 2013. O clube perde, assim, uma fonte de renda para as categorias de base.
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Em carta conjunta publicada no fim da noite de terça (3), o grupo reforça que a saída de Bohlen foi sugerida pelo próprio presidente em uma reunião do Conselho Deliberativo e que a renúncia viria “ante o desgaste que os inúmeros problemas que atravessa o clube trouxeram para a credibilidade do Paraná”.
“Tivemos apenas uma reunião, no dia 25 [de fevereiro]. O motivo foi que, em determinada reunião do conselho [deliberativo], o Rubens colocou que abriria mão do conselho diretivo [presidência] se alguém colocasse o dinheiro na mesa”, complementa Werner, que será substituído por Lúcio Nogueira como superintendente da base tricolor.
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