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Mobilizado pela crise, um grupo decide amparar financeiramente o time sob a condição de o atual presidente renunciar. A história, hoje em vias de acontecer com Rubens Bohlen no Paraná, já deu as caras pelos lados do Atlético. E na ocasião, funcionou.

Com o caixa atleticano esgotado financeiramente, a derrota por 5 a 1 para o Coritiba foi a gota d’água para que Hussein Zraik renunciasse à presidência do Furacão em 17 de abril de 1995 e entregasse o cargo para Mario Celso Petraglia. Foi a partir daí que o Furacão viu o seu futebol crescer e o patrimônio expandir .

Por isso, Zraik sugere a Bohlen que abra espaço a novas lideranças. “Se o presidente está sentindo que não existe mais apoio, o melhor é a troca de diretoria. Sozinho não se chega a lugar algum”, diz.

“Eu estava muito desgastado, e também isolado. Havia um grupo com condições de ajudar o Atlético, não tinha por que continuar”, afirma o ex-presidente.

Naquela época, segundo Zraik, as dívidas eram bem menores – cerca de R$ 2 milhões –, mas as receitas eram ainda mais escassas e os clubes dependiam do investimento dos conselheiros. “Não tinha patrocínio e nem cotas da televisão. Cada conselheiro ajudava como podia”, explica.

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