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A família do estudante e torcedor do Atlético André Scaramussa Lopes, morto há uma semana em um atropelamento quando deixava o Estádio Janguito Malucelli, após a vitória do Rubro-Negro sobre o Roma, avalia entrar com uma ação judicial contra os responsáveis pelo acidente.

Na mesma praça esportiva, sem o anúncio de uma tática efetiva de segurança, o clube encara hoje o Toledo, às 17 horas.

Entre os possíveis réus, destaca o advogado da família, André Peixoto de Souza, está a União, visto que o atropelamento ocorreu em uma via federal (a BR-277), a concessionária RodoNorte, responsável pela manutenção e si­­nalização da rodovia, e o condutor do automóvel modelo Ford Focus, Fernando Adami, de 20 anos.

"Eu quero que os culpados pela morte do André sejam responsabilizados. Isso [uma ação] não vai trazer meu filho de volta. A mim, ficaria comovida se a família do motorista, de alguma maneira, tivesse feito algum contato conosco, de condolência. Um gesto de consideração pelo meu filho, ao menos", diz a mãe de André, a professora Solange Isa­­bel Munareto Scaramussa Lopes, 45 anos.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com Fernando Adami, via telefone. A família do rapaz não confirmou se ele seria o condutor do veí­­culo, como consta no boletim de ocorrência, e que ele estaria em seu trabalho, em São Paulo, e não falaria sobre o assunto. No choque, o veículo parou 51 me­­tros adiante do ponto de colisão e a 67 metros do corpo de André, segundo o boletim de ocorrência da Polícia Federal.

O delegado Armando Braga, da Delegacia de Delitos de Trân­­sito (Dedetran), informa que há a previsão de que até o final da se­­mana o caso seja encaminhado para o 9.º Distrito, onde se seguirá a ação criminal.

Solange, a mãe do atropelado, fala que, após uma semana do aci­­dente, ainda não retomou a ro­­tina. "Fica sempre a sensação de que estamos contando dias e ho­­ras para isso passar e tudo voltar ao normal. Mas não vai."

A conversa com a reportagem da Gazeta do Povo foi em tom de desolação. Nos dois dias seguintes ao acidente, ela foi ao km 94 da BR-277, local da colisão, onde gostaria de deixar uma cruz em ho­­me­nagem ao filho. "Achei, na quin­­ta-feira, um tênis dele. No dia seguinte, quando soube o lo­­cal exato da queda, ainda vi mar­­cas de sangue no asfalto e encontrei a chave da moto do André", conta.

Ela destacou a atenção dada pelo Atlético ao falecimento do filho. "Um dos conselheiros e o relações públicas vieram nos dar as condolências. Alguns es­­ti­­­­veram no velório. O [meia] Mar­­­­­­cinho segurou uma das al­­ças do caixão."

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