A Federação Paranaense de Futebol (FPF) ganhou fôlego na tentativa de reverter a venda da sua sede, no bairro Tarumã, leiloada judicialmente na quarta-feira passada. A 2.ª Vara Federal de Execuções Fiscais, onde tramita o processo, está em inspeção interna de 7 a 11 de maio, sem atendimento ao público, e reabrirá apenas na próxima segunda-feira.
Com isso, todos os prazos ficam suspensos e o departamento jurídico da FPF tem uma semana a mais para elaborar o recurso que será apresentado contra a hasta pública. Entre as medidas estão o embargo à arrematação e até o pagamento de parte da dívida.
A estratégia não foi divulgada. O presidente Hélio Cury informou, por meio de assessores, que apenas ele falaria sobre o assunto, mas não houve qualquer resposta aos contatos da reportagem desde o leilão.
Após o sucesso em algumas tentativas de barrar a venda, o imóvel foi arrematado para quitar R$ 4,8 milhões em dívidas com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de um total de cerca de R$ 40 milhões em débitos. A compra foi efetuada pelo lance mínimo de R$ 2,031 milhões, equivalente a 60% do valor avaliado para a propriedade, que era de R$ 3,385 milhões.
Segundo informou o Grupo Leiloeiro Nogari, a compra da sede da FPF teria sido efetuada pela AK7 Empreendimentos Imobiliários. À procura do comprador, a Gazeta do Povo encontrou a empresa AK7 Empreendimentos e Participações Ltda., transformada em AK Realty, do grupo armênio Induscred. A engenheira Lilian Marques, responsável pelo marketing da empresa, ficou surpresa com a notícia do leilão amplamente divulgada desde a semana passada citando a AK7 e negou envolvimento no negócio. Porém, acabou interessando-se na participação de um possível leilão do Pinheirão.
A reportagem encontrou a empresa AK Empreendimentos Imobiliários, de Sorocaba, mas não conseguiu contato com a mesma para saber se é a nova proprietária da Federação. Durante o leilão, nenhum representante da adquirente quis se manifestar, mas revelou-se o interesse em alugar o imóvel para a Federação.
A sede de 800 metros quadrados fica em um terreno de 2.170 metros quadrados, vizinha ao Pinheirão, outro imóvel que também deve ir a leilão por dívidas no próximo mês. Em outubro de 2011, a FPF conseguiu empréstimos com as Federações de Futebol do Rio e do Rio Grande do Sul, pagou parte da dívida e conseguiu impedir temporariamente a venda da área do estádio interditado desde 2007.
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